Já perdi a conta das vezes em que clubes de futebol realizam promoções de ingressos. Estabelecem preços convidativos, fazem mil e uma promessas e na hora do “vamos ver”, as arquibancadas não compram a ideia.
A nova Diretoria Executiva da Macaca, ao promover uma nova política de ingressos, muito mais barata e às classes populares, faz uma alta aposta. Acredita que os preços convidativos e a perspectiva de um novo tempo administrativo fará com que o clube viabilize novos tempos. Em resumo: arquibancada cheia. E gramado com bom desempenho.
Para o primeiro jogo, contra a Internacional de Limeira, sábado, às 18h30, a estratégia tem riscos. Não digo pelo conjunto dos seis jogos oferecidos no pacote. Mas o confronto ser contra a Internacional de Limeira no dia 29 vira um fator contrário. Por que? É final de mês. Muitos estão com dinheiro contado e mesmo aqueles que queiram colocar no cartão de crédito vão fazer contas. Querem saber se vale a pena fazer agora ou não o chamado “Pontepass”.
Outro requisito que não pode ser ignorado é claro como água de bica: o processo eleitoral deixou feridas.
Gente que ama o time, mas encontra-se magoada com o desenrolar dos acontecimentos. Pergunta: essas pessoas vão aderir e abraçar a nova metodologia de ingressos, em que o mais barato dá condições de assistir a seis jogos por um valor de R$ 90? Pois é. Pessoas terão que superar as urnas em nome de algo maior: a Ponte Preta. Vão conseguir?
A nova política de ingressos é um desafio aos torcedores de redes sociais. Ou aqueles que só ficam no sofá. Qual a desculpa vão encaminhar se agora os bilhetes cabem dentro de boa parte dos bolsos? Vão ficar apenas nas redes sociais? Não se sentem motivados?
Uma promoção de ingressos, que tinha tudo para ser pueril, virou espaço para dirimir dúvidas e entraves. Veremos o que vai acontecer.
(Elias Aredes Junior-foto de Diego Almeida-Pontepress)
