Renovação de Umberto Louzer: uma boa notícia para o Guarani

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Dirigentes não podem desfrutar de moleza por parte da imprensa. Devem ser fiscalizados e cobrados de modo implacável. Os poucos acertos, entretanto, podem e devem ser valorizados. A renovação de contrato do técnico Umberto Louzer é a melhor notícia produzida pelo grupo político que comanda os destinos do estádio Brinco de Ouro desde 2015.

Os integrantes do Conselho de Administração demonstram a sinalização de que, seja qual for a empresa que assumirá o departamento de futebol profissional do Guarani, sua prioridade deverá ser a de valorizar o trabalho de médio e longo prazo. Contar com um treinador capaz de montar suas equipes, dar padrão de jogo e corrigir os defeitos durante a competição. Exatamente o que fez Louzer durante a Série A-2 do Paulistão, quando atenuou os problemas defensivos nas laterais. Fruto de trabalho e dedicação.

Renovar com Louzer até o Paulista de 2019 é sinal da busca de um trabalho com inicio, meio e fim. A primeira etapa foi a volta a divisão de elite regional. O passo seguinte é viabilizar uma campanha decente e regular na Série B. Detalhe: isso não quer dizer luta pelo acesso. Trocando em miúdos: se o Guarani terminar entre os 10 primeiros colocados ninguém poderá dizer que a missão não foi cumprida. Posteriormente, no próximo ano, a missão é somar ao menos 12 pontos pela atual fórmula de disputa do Paulistão para fugir de qualquer risco de rebaixamento. Convenhamos: sem trabalho contínuo é impossível sonhar com tais metas.

A permanência de Umberto Louzer é a garantia da presença de um técnico sábio, cordato, educado com funcionários, jogadores, imprensa e que foca o seu trabalho na valorização do inter relacionamento e na psicologia do esporte, do qual o mestre é Oswaldo Alvarez, o Vadão, atualmente na Seleção Feminina.

Com o capixaba, o Guarani resgatou sua tradição de projetar técnicos para o cenário nacional. Carlos Alberto Silva subiu de patamar após passagem no Brinco de Ouro; sem tirar o time do rebaixamento em 1997, Vadão jamais teria chegado no patamar que atingiu no cenário nacional; Carlos Gainete Filho tem no vice-campeonato brasileiro de 1986 o seu grande marco.

Após tomar uma medida coerente e sábia, que os integrantes do Conselho de Administração precisam fazer aquilo que se espera de gestores eficientes no futebol: conceder respaldo nos momentos de crise e reafirmar a confiança no trabalho. O Guarani só tem a ganhar.

(análise feita por Elias Aredes Junior)