O elenco limitado da Ponte Preta dá mostras de dificuldades para propor o jogo, ter o controle das ações ofensivas e não depender exclusivamente dos contra golpes. Tal premissa vai ao encontro dos números apresentados pelo time de João Brigatti quando enfrenta adversários da parte debaixo da tabela na Série B do Campeonato Brasileiro.
Se contra os postulantes ao acesso à elite a Macaca ostenta aproveitamento satisfatório – foram duas vitórias e um empate diante dos três melhores colocados -, superar equipes que lutam contra o rebaixamento tornou-se tarefa árdua para os alvinegros. Afinal, os oponentes priorizam marcação forte no meio-campo, anulam o frágil sistema de criação e focam na transição rápida entre a defesa e o ataque, justamente as características que mais agradam os campineiros.
A irregularidade contra os clubes fora do top 10 já tem custado caro na luta pelo G4. Em dez partidas, foram quatro triunfos (Criciúma, Guarani, Brasil de Pelotas e São Bento), um empate (Oeste) e cinco derrotas (Paysandu, Londrina, Sampaio Corrêa, CRB e Boa Esporte). Aliás, a Macaca foi superada pelos dois últimos colocados e deixou seis pontos pelo caminho – contra os maranhenses, que culminou na demissão de Doriva, e os mineiros, lanterna isolado. Resumidamente, foram apenas 13 tentos somados em 30 disputados e aproveitamento de 43%.
Antes de fechar o primeiro turno, a Ponte Preta tem pela frente dois candidatos ao acesso, o que traz esperança de colocar fim à sequência de duas derrotas consecutivas. No próximo sábado, mede forças com o Coritiba, sétimo colocado, no Couto Pereira. Em 04 de agosto, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, recebe o Avaí, primeiro integrante do G4 – os dois times somam 27 pontos, mas são separados por Vila Nova e Atlético-GO pelos critérios de desempate.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)