Dentro de suas possibilidades, existe um ponto de excelência tanto no Guarani como também da Ponte Preta: o trabalho de captação de imagem por intermédio dos fotógrafos. Não registam apenas aquilo que está no gramado, mas ficam atentos a todos os detalhes. E uma imagem registrada por Álvaro Junior da Pontepress merece destaque: um aperto de mão dos presidentes Ricardo Moisés, do Guarani e Sebastião Arcanjo, da Ponte Preta no gramado do Brinco de Ouro.
Criticas já foram feitas aos dois mandatários neste espaço. Mas em tempos de violência e intolerância é impossível ignorar a camaradagem positiva.
Não esqueça que já teve presidente do Alviverde que fez “doce” para conversar com dirigentes pontepretanos em clássicos no Majestoso. E teve profissional liberal que já fez parte da diretoria da Ponte Preta que acha que não se deveria ter qualquer tipo de relação com o rival. Estupidez nas alturas.
O dérbi é, antes de tudo um produto. Um jogo com mais de 100 anos de existência e que atrai atenção e audiência em todo o Brasil.
Sinceramente, gostaria que tal relação fosse além do aperto de mão. Que os dois dirigentes sentassem em uma mesa para definir estratégias conjuntas para exploração comercial e midiática da partida.
Que buscassem patrocinadores para fazer ações que produzissem projeção de suas marcas.
Que existisse a preocupação desses dirigentes em valorizar as histórias, os heróis e todos os desdobramentos deste clássico que é o maior do interior paulista.
Ponte Preta e Guarani podem e devem ser rivais na tabela de classificação e no gramado. Fora disso, são parceiros para buscar relevância e sobrevivência cada vez mais focado em sufocar os médios e pequenos e inflar os gigantes.
Que a relação institucional ultrapasse este aperto de mão.
(Elias Aredes Junior com foto de Álvaro Junior-Pontepress)