Sob tempestade e desmanche, só jogadores relevantes trarão calmaria na Ponte Preta

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O que leva um torcedor ao campo de futebol? Quais fatores levam este personagem  a largar tudo aos domingos para sentar uma arquibancada inóspita e torcer pelo sucesso do seu time? Como sua esperança é renovada?

Considero o amor puro  suficiente para lotar as arquibancadas. No Brasil, tal fator ajuda, mas não é suficiente. Craques, jogadores decisivos, gente capaz de balançar a rede e levar milhares de pessoas á loucura é requisito. São esses que fazem a galera tirar o escorpião do bolso, pagar um ingresso ou aderir ao Sócio Torcedor. Pergunta: a Ponte Preta já tem os seus protagonistas para 2017?

Sabemos da perda do trio formado por Rhayner, Felipe Azevedo e Roger. William Pottker continua na bolsa de especulações e traz angustias a uma possível saída. Algum desavisado rebate e aposta em Luis Fabiano como alguém capaz de levantar as multidões. O negócio está garantido? A Macaca vencerá a concorrência de Santos e Vasco da Gama? São perguntas que trazem mais angústia do que certezas.

Repetimos o questionamento: quem vai atrair o torcedor para dentro do Majestoso? Aranha? É bom goleiro, experiente e identificado com a Macaca, mas não faz gols, evita-os; Clayson? Tem até potencial técnico, só que sua displicência, falhas e falta de concentração em alguns jogos provocou um sentimento de repulsa nas arquibancadas que dificulta e muito uma reconciliação. Se anotar um caminhão de gols o carimbo e a bandeira da paz ainda estarão longínquas.

Dada a conjuntura, o gerente de futebol pontepretano Gustavo Bueno tem missão indigesta para o começo do ano: arregimentar jogadores relevantes, com bom histórico ofensivo e capacidade de ganhar jogos. Só Luís Fabiano será insuficiente. Por um motivo: o banco de reservas, queiramos ou não, ainda transmite dúvidas em relação ao tamanho da capacidade de Felipe Moreira.

Ou seja, nas primeiras rodadas o habeaus corpus precisa ser viabilizado no gramado. Caso contrário, sem atletas chancelados, a condenação virá em tempo recorde. Os  juízes (torcedores) não querem conceder tempo e paciência para a defesa.

(análise feita por Elias Aredes Junior)