Sobre Ponte Preta, Copa do Brasil, Atlético Mineiro e as boas lições da Sul-Americana de 2013

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A torcida da Ponte Preta entrou em contagem regressiva. Reconhece o confronto diante do Atlético Mineiro na próxima quarta-feira, às 19h30 como a chance de estabelecer um marco.

Eliminar um gigante na Copa do Brasil pode ser a senha que faltava para incutir de uma vez por todas a ambição de conquistas na mente de dirigentes, jogadores e comissão técnica. As arquibancadas, por sua vez, deveriam utilizar a mobilização vista na Copa Sul-Americana como padrão.

Naquela ocasião, a Macaca entrou com uma convidada estranha, sem tradição na competição e fez a final. E um dos fatores fundamentais foi a presença maciça do torcedor para proporcionar um ambiente de aconchego e segurança a quem defendia a camisa no gramado.

Na sua primeira partida oficial me torneios da Conmebol, contra o Deportivo Pasto, o publico registrado foi de 14.700 pagantes. Nas quartas-de-final, contra o Veléz Sarfield, o empate sem gols foi presenciado por 12.506 pagantes. Os dos jogos realizados no Estádio Moisés Lucarelli, posteriormente bloqueado pela Conmebol para as semifinais e finais. A torcida pouco se importou e deu a resposta nas arquibancadas: o empate por 1 a 1 com o São Paulo, em Mogi Mirim, aconteceu diante de 12.161 torcedores e na final contra o Lanús assistiu perplexo ao aparecimento de 28.477 pagantes e com 30 mil pessoas como público total.

Pergunto: o que impede o aparecimento maciço de pontepretanos nesta quarta-feira? Sei que existe um litigio de parte da arquibancada com a atual direção. Acusações de falta de ambição, negociação de jogadores em instantes equivocados e tentativas de aqui e ali de patrocinar uma elitização do Majestoso por intermédio do programa de Sócio Torcedor.

São pontos passíveis de debate. Mas o que importa agora é a Ponte Preta. O caminho da Copa do Brasil é díficil? Sim. Mas é uma trilha mais curta do que a maratona do Campeonato Brasileiro. É hora de esquecer as divergências, lotar o Majestoso e fazer a história diante do Galo Mineiro, um adversário tinhoso e de qualidade. E que ficará ainda pior se as arquibancadas estiverem vazias.

(análise feita por Elias Aredes Junior)