Tiãozinho, Eric, Valio, Abdalla, Carnielli, Tagino. Dirigentes e oposicionistas Pontepretanos aprendam: jornalismo busca interesse público. O resto é perfumaria!

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Na semana passada, o diretor de marketing da Ponte Preta, Eric Silveira, entrou em contato com este articulista. Reclamava sobre uma reportagem em que avaliei como ruim o mandato de José Armando Abdalla Junior. Descontentamento presente costumeiramente no diretor financeiro Gustavo Valio.

Quando André Carelli foi nomeado como dirigente, integrante do grupo “Tudo Pela Ponte, Nada da Ponte” este Só Dérbi fez questão de dizer que a medida era estapafúrdia. Lógico, o neo dirigente ficou incomodado.

No final de 2017, durante uma reunião do Conselho Deliberativo, integrantes da diretoria reclamaram a um amigo deste jornalista que eu era injusto nas críticas. Meses depois, a Macaca era rebaixada.

Reclamações sobre minhas criticas já foram feitas por Sérgio Carnielli, Pedro Maciel Neto, Tagino Alves dos Santos e Sebastião Arcanjo, o Tiaozinho. Todos ocupantede destaque na Ponte Preta.

Na internet o fenômeno é parecido. Internautas defensores de um lado ou de outro afirmam que este portal pende a balança para um lado. Que deveria limitar-se apenas a falar de futebol. Como se o esporte fosse desconectado da vida.

Com quem quiser conversar e dialogar com educação e principalmente respeito profissional, este jornalista sempre estará aberto.

Só não podemos perder de vista: estamos em trincheiras diferentes. De um lado, temos homens bem sucedidos, poderosos economicamente e politicamente e como qualquer detentor do poder, em qualquer nível, estes personagens não gostam de críticas ou de serem cobrados.

Ou vocês acham que FHC, Itamar Franco, Lula, Dilma, Michel Temer, Jair Bolsonaro, Jonas Donizete, João Dória apreciam objeções ao trabalho deles? Lógico que não. Por que se o jornalismo não tem conflito com o poder não é jornalismo, é assessoria de imprensa disfarçada.

Aprendi tal conceito com professores como Luiz Roberto Savianni Rey, Marcel Cheida, Celso Falachi e nomes consagrados como Juca Kfouri, João Saldanha, Mauro Cezar Pereira ou Jânio de Freitas. Não pretendo equiparar-me a eles. Seguir na mesma estrada deles, com certeza.

O dirigente rabugento deve pensar: então qual seu interesse? O mesmo de qualquer jornalista que honre sua profissão: a busca da verdade e a defesa do interesse público. Sim, porque, enquanto a final de jogo estes dirigentes vão para suas casas em carros bacanas, fruto de trabalho honesto após anos e anos, milhares e milhares de torcedores pontepretanos, frequentadores de arquibancadas, adeptos do transporte coletivo e carentes de vida digna, estão desprotegidos quando problemas acontecem no Moisés Lucarelli.

Pergunto: quem vai ecoar a voz dessas pessoas? Quem vai encaminhar seus protestos e reivindicações? Dizer que as redes sociais fazem o serviço é uma meia verdade. A imprensa ainda exerce um papel fundamental de mediadora e de provocadora da opinião pública.

E o desrespeito se faz nas pequenas atitudes. Quando o presidente do Conselho Deliberativo, Tagino Alves dos Santos, se recusa a encaminhar respostas feitas pelo Só Derbi, ele não desrespeita o jornalista e sim os torcedores que acompanham a publicação e querem respostas para seus anseios. Somos intermediários. Simples.

Sem rodeios: não tenho restrições pessoais contra qualquer dirigente. Só quero explicações e exercer aquilo que me é assegurado pela Constituição Federal, que é do exercício da Liberdade de Expressão e do espirito crítico, pedras fundamentais do jornalismo. Ao invés de torcerem o nariz ao mensageiro, abram a mente, sejam democratas e foquem naquilo que é fundamental: o bem maior da Associação Atlética Ponte Preta.

(Elias Aredes Junior)