Tombense 1 x 1 Guarani: a cada jogo, o desempenho preocupa cada vez mais. Quando vai parar?

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O empate por 1 a 1 entre Tombense e Guarani, jogo realizado na tarde deste sábado, em Muriaé (MG) deveria ser um bussola daquilo que não deve ser feito pelo alviverde até o final da Série B do Campeonato Brasileiro. Alienado e desconectado será o torcedor bugrino que não admitir alguns pontos básicos. O principal é que o elenco foi mal montado. As substituições dos jogadores que sairam deixaram muito a desejar em termos de qualidade. E qualidade é artigo raro, seja no time titular ou entre os reservados.

Ok, hoje ele está lesionado. Mas não dá para compreender como encontrar algo positivo na saída de Bruno Silva e nas contratações de Leandro Vilela – que até quebra um galho- e de Madison, que viveu uma situação sui generis: fez o gol e saiu como um dos jogadores de rendimento mais decepcionante. Silas, então, nem dá para comentar. Hoje, neste instante é muito inferior tecnicamente a Rodrigo Andrade, lesionado.

Quando a Giovanni Augusto, ninguém contesta sua dedicação, entrega e capacidade de definir um jogo. Mas entre a expectativa formada e a realidade formada é algo do tamanho de um abismo.

Para terminar, o ataque. Júlio César não é craque, mas está prejudicado pela necessidade de auxiliar Matheus Pereira na marcação. Bruno José talvez seja o único jogador lúcido e com capacidade de alterar o panorama de um jogo.

Nicolas Careca é precioso para qualquer treinador que aprecie a parte tática. Faz pivô, prepara as jogadas, utiliza a força física para disputar a bola com o zagueiro. Tudo lindo e perfeito. Mas ele não balança a rede. Não chuta. Enquanto isso, Lucão do Break no banco de reservas.

Descrever lances, defesas mirabolantes ou lances fortuitos em Muriaé faz com que seja perdido o ponto principal: mesmo para uma competição de baixo nivel técnico como a Série B o elenco é fraco.

Para completar o enredo, o Guarani aposta novamente no escuro com um técnico interino e abre mão de um mando de campo na prática ou marcar o confronto com o Vasco para Manaus.

Pergunto: como acreditar em final feliz com tantos ingredientes indigestos? O Guarani é como alguém preso em uma areia movediça. Ou um sapo dentro de uma panela que esquenta aos poucos e quando menos se espera  está morto. Sem reagir. É bom entrar no rumo. Antes que seja tarde.

(Elias Aredes Junior com foto de Victor Souza- Tombense F.C)