Torcedor bugrino, o que vale mais: duas vitorias no dérbi ou manutenção na Série B ou luta pela elite?

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O torcedor do Guarani está esperançoso. Roberto Fonseca pegou um elenco limitadíssimo e construiu um perfil mínimo. Com pouco faz muito. A vitória sobre o Bragantino é  prova disso. Ainda está na zona do rebaixamento, mas o desempenho da atual comissão técnica já é de equipe situado na zona intermediária de classificação. Se continuar neste ritmo, dificilmente vai amargar o rebaixamento.

Com uma defesa sólida, com Davó inspirado e um centroavante Michel Douglas em estado de graça (apesar de suas claras limitações) muitos torcedores sonham superar o adversário histórico, o estádio lotado e dar um “presente de grego” no dia do aniversário da Ponte Preta.

Só considero equivocado a torcida bugrina entrar em estado de cegueira situacional. Determinar que o dérbi é tudo ou nada.

É preciso dizer: Roberto Fonseca já construiu um cenário inimaginável há duas semanas. Hoje, o Guarani é uma equipe com nível de competitividade aguçado, pronto para utilizar os seus trunfos na busca de seus objetivos.

Isso não quer dizer que tudo vai se resumir aos 90 minutos do Majestosos e os 90 minutos a serem disputados no Brinco de Ouro no segundo turno.

Faturar seis pontos contra a Ponte Preta e perder a vaga na Série B seria um desastre. O torcedor pode e deve fomentar a rivalidade sadia. Mas se ao final de novembro o saldo for um calendário com terceirona nacional a partir de abril de 2020 tudo será em vão.

O dérbi é vital. Importante. Só que fica aquém de algo fundamental: a luta pela manutenção na Série B. E isso terá que ser buscado com excelência em toda a Série B.

Exigir raça? Competitividade? Entrega? Concordo. O mundo não vai acabar no dia 11 de agosto se a vitória não vier. E nem no segundo turno. Assegurar o futuro nos 22 jogos restantes é mais importante.

(Elias Aredes Junior)