Torcida do Guarani: o entusiasmo permanecerá até o final?

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O torcedor do Guarani está eufórico. Não cabe em si. A liderança da Série A-2 do Campeonato Paulista, as boas performances de Bruno Mendes e Bruno Nazário, a disciplina tática incutida por Umberto Louzer e outros ingredientes fazem que a vitória diante do Penapolense transforme em rito de passagem ao torcedor. Uma pergunta não pode deixar de ser feita: o entusiasmo será mantido até o fim? Fatos negativos serão absorvidos pela torcida até o final?

Não é uma reflexão feita à toa. No vice-campeonato da Série C em 2016, dois fatos demonstraram que, infelizmente, o torcedor bugrino, por vezes, tem um comportamento instável e seu apoio fica suscetível às temperaturas do ambiente.

Marcelo Chamusca conduzia o time de modo impecável na terceirona nacional e ocupava a liderança, quando no dia 11 de julho, diante de 1.351 torcedores, o Alviverde perdeu do Mogi Mirim por 1 a 0 no estádio Vail Chaves.

Ao final do jogo, os torcedores bugrinos presentes passaram a pedir a cabeça do técnico Marcelo Chamusca. Detalhe: o time continuava na liderança, apesar do revés. Mesmo assim, tinha gente com sede de ver a cabeça de Chamusca entregue aos leões.

O segundo episódio que demonstra instabilidade no apoio ocorreu nas semifinais da mesma Série C. Na ocasião, no primeiro jogo, o Guarani perdeu por 4 a 0 para o ABC no estádio Frasqueirão, no dia 16 de outubro. Uma semana depois apenas 3.237 torcedores presenciaram uma das principais façanhas históricas do Alviverde, a goleada por 6 a 0. A arquibancada vazia revoltou tanto o então presidente Horley Senna que ele autorizou que quem esteve na goleada histórica teria preferência na decisão contra o Boa Esporte.

Você pode relembrar o jogo do acesso quando o Guarani venceu por 3 a 0 diante de 12.713 e pressionado pela derrota por 3 a 1 no jogo da ida. É verdade. Mas ainda assim é impossível ignorar que anos e anos de sofrimentos e rebaixamentos, por vezes provocam uma cautela após o primeiro revés. Tomara que a torcida do Guarani esteja preparada para apoiar, independente da circunstância.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. O jogo dá semifinal foi em um domingo às 21:30hs
    Acho q o horário fala por si só, mesmo se o Guarani tivesse ganho o primeiro jogo não teria mais que 5.000 pessoas no estádio.
    Eu fui… Mas o domingo inteiro falei q não iria mas por um lapso, momento em que por apaixonado ao clube, pensei ” e se classifica? , Vou ter perdido um dos melhores momentos desde o eterno dérbi de 2012″

  2. Você se esqueceu que nesse ano a torcida apladiu o time depois da derrota pro XV.
    O jogo da virada histórica foi num domingo as 21:45, horário horrível com o time ainda tendo perdido de 4.
    E na campanha com Chamusca o Guarani vinha de muitos pontos perdidos com empates, e mesmo assim não foi nem um pouco do que você falou (torcedores querendo jogar eles aos leões), foi uma reclamação normal de torcida. Não acho essa análise nem um pouco contundente e muito exagerada