Três pilares e uma surpresa explicam a campanha de reação da Ponte Preta na Série B

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Vitória sobre o Operário, alcance dos 29 pontos, perspectiva de acelerar o processo de permanência na Série B e identificação com a torcida. A Ponte Preta não poderia encontrar-se mais satisfeita com a atual fase. Nada acontece por acaso. A reação é fruto de um ambiente construído em torno de três pilares e uma surpresa.

Ivan é o alicerce. Sua chegada ao gol trouxe tranquilidade.

Superou partidas ruins e demonstrou maturidade para dar a volta por cima após falhar contra o Vitória (BA). Não reclamou ou rebateu as críticas. Foi lá e trabalhou. Sem chiar. Com o seu crescimento, os zagueiros, antes contestados também diminuíram o seu índice de erros. Passaram a contaram em quem confiar.

Mas não adianta pegar tudo debaixo das trevas sem um ataque realizador.

Se não é uma máquina de fazer gols, não há como ignorar a eficiência do contra-ataque. E neste contexto Moisés tem papel precioso. Rápido, driblador, voluntarioso e o melhor: tem a cara e o jeito da Ponte Preta. Quando ele atua em alto nivel, a vitória fica mais próxima. Sem ele, tudo fica mais difícil. Por enquanto, o nível está adequado.

E Gilson Kleina tem parcela de responsabilidade. É um dos pilares.

Pode encontrar-se longe de exibir um esquema tático de encher os olhos. Mas apostou no seu taco, no seu faro para administrar os vestiários e por enquanto vence a aposta.
Pilares fortes que viabilizam o aparecimento de surpresas, como o volante Marcos Junior.

Vigoroso, destemido, bem posicionado para marcar, é o típico segundo volante calcado na força física. Você pode achar pouco. Mas para quem tinha Vini Locatelli convenhamos: qualquer alívio é bem vindo.
(Elias Aredes Junior – Foto de Diego Almeida-Ponte Preta)