O técnico Oswaldo Alvarez está internado no hospital Albert Einstein em São Paulo desde a semana passada. A família requisita privacidade neste instante. Respeitamos. Mas é impossível ignorar o mar de amor e solidariedade que foi produzido a partir da divulgação da noticia.
Correntes de oração, declarações de fé e toda energia positiva estão sendo direcionadas ao ex-treinador de Ponte Preta e Guarani. Clubes que, aliás, fizeram declarações em suas redes sociais para expressar sentimento de empatia e força aos familiares e ao profissional da bola.
Um ser humano especial. Bem humorado. Consciente de seus deveres. Um cara que sabe como poucos respeitar o trabalho de imprensa. Especial. Diferente.
Esta não é uma matéria. É, antes de tudo, a prece de um amigo. De alguém que ora por um final feliz. E que encontra forças na recordação dos encontros, conversas e atitudes tomadas pelo técnico. Um apoiador de primeira hora deste Só Dérbi.
Quero contar uma. O ano era 2010. Era setorista do jornal Tododia. Já tinha bom relacionamento com o técnico. Mas não era amizade que privo na atualidade. Na sexta de manhã, um treino aconteceu no estádio Brinco de Ouro. Após a atividade, a entrevista coletiva e a revelação do time titular. O jogo era no dia seguinte.
Fui almoçar na casa da minha sogra, que na época residia na Avenida Brasil. Eis que no meio da refeição, o telefone fixo toca. O susto. Era Vadão. Entrou em contato para corrigir a escalação. Um atleta tinha se lesionado e ele precisava operar uma substituição. Que estava a minha procura para que não desse barriga no jornal do dia seguinte. Até hoje não me lembro como encontrou o número.
Como não admirar tal pessoa como? Como impedir que o coração e a alma sejam direcionados para que o melhor aconteça com ele? Que volte ao nosso convívio. Vadão, saiba: estamos com você. Sempre.
(Elias Aredes Junior)