Uma reflexão sobre a passagem de Vico no Majestoso e a necessidade de ouvir quem está no front do futebol

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A Ponte Preta realizou na sexta-feira mais uma reunião do colegiado do departamento de futebol profissional. Não temos conhecimento das decisões, mas é certo e notório em que a aposta do presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho é o de democratizar a gestão.  Como uma das justificativas para adotar o processo é que tanto Gustavo Bueno como Gilson Kleina estavam sobrecarregados e cobrados em excesso.

A intenção pode ser nobre mas alguns pontos precisam ser ajustados. Damos um exemplo. Um dos jogadores dispensados na reformulação foi o atacante Vico. Que teve boas apresentações e mostrou que deveria ter continuidade. Até porque dificilmente terá oportunidade no Grêmio, seu clube de origem.

As informações de bastidores dão conta de que Gilson Kleina foi voto vencido pelas opiniões de Tiãozinho, Kazuo, Vanderlei Pereira, Fábio Abdalla  e Sérgio Carnielli. Detalhe: pessoas que não acompanharam o cotidiano do atleta nos treinos, vestiários e no trabalho conduzido por Kleina. Um voto qualificado teve um peso menor do que de pessoas que não tiveram contato com o desenvolvimento do atleta.

Você pode argumentar: “Ah, mas os cinco receberam informações para adotar tal posicionamento e viram os jogos”. E aí pergunto: do que vale a palavra do treinador? Será que não mereceria uma consideração mais refinada?

Não, Vico não será o novo Messi, Maradona ou Garrincha. Ou vai decidir a Champions. Longe disso. Para as necessidades atuais da Ponte Preta ele demonstrou utilidade.

O colegiado poderá dar certo? Sim, pode. Mas será um ponto fora da curva dentro de um futebol autocrático e centralizador como é no Brasil . E que não despreza jamais informações e impressões de quem vive o dia a dia.

(Elias Aredes Junior)

3 Comentários

  1. Então Elias, aí entramos naquele questionamento: É melhor testar e dar oportunidade a sua base ou prestigiar e dar projeção a base de outros times???
    No meu conceito jogadores como Vico nem deveriam ser contratados e sim formados na base!!!!

  2. Colegiado é conversa pra boi dormir
    Tudo dirigentes que so fizeram merda ate hj e irao terminar a merda ao querer fazer arena
    Torcedor da ponte quer ser campeao …
    Arena fica pra outra conversa

  3. “Eu fui presidente do Conselho Deliberativo várias vezes e aprendi que tem situações em que aplica-se o ditado: se você não quer decidir nada, crie uma comissão”. – Sérgio Rossi (in memoriam), ex-presidente do Conselho Deliberativo da Ponte Preta por diversos mandatos. Sábias palavras….

    Tudo leva a crer que essa comissão de fracassados montada pelo incompetente Tiãozinho dificilmente vai produzir algo relevante, já dou o paulistinha como perdido…. 2020 deverá ser mais um ano perdido na Ponte.

    Diz o ditado que passarinho que anda com morcego, acaba dormindo de cabeça pra baixo. Tenho visto nos últimos dias muitas semelhanças nos discursos Kleina e Gustavo Bueno. Kleina dias atrás veio com a conversa de que estavam pra anunciar jogadores “de Série A”, mas que não podia revelar nomes porque o campeonato ainda estava em andamento, pois bem a Série A terminou domingo e até agora nenhum nome “de série A” foi revelado, aliás nenhum nome nem “de Série A” ou “de Série B” foi de fato contratado, a maioria está apenas apalavrada e apenas dois pré-contratos. Com essa agilidade toda dessa “comissão” de dois pré-contratos por semana, quem sabe no final do paulistinha a Ponte terá um elenco montado. E tem mais, depois de contratado, o jogador mesmo jogando fica no elenco em estado de “avaliação”.

    O fato é que enquanto Tiãozinho, Gustavo Bueno e essa comissão ficam monitorando, monitorando, monitorando o mercado, os melhores jogadores vão se acertando nos outros clubes e no final, pra não variar, sempre sobra os pés de rato pra Ponte da Elenko Sports ou da turminha do Grêmio, jogadores que só vem pra esquentar currículo, aí GB chega nervosinho na coletiva de imprensa dizendo que tem jogador – que ele mesmo contratou – que não tá rendendo, que está fazendo corpo mole, etc, etc, ao final do campeonato se aproveitam poucos jogadores do último elenco e nova baciada de pés de rato vêm na sequência.