Uma reflexão sobre Lucca, Eduardo Baptista e a falta de empatia ou de controle emocional em uma hora decisiva para a Ponte Preta

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Vitória no sufoco. Vencer o líder manteve as chances de permanência e a emoção do próprio campeonato. A Ponte Preta respira e pode planejar uma formula para bater o Bahia, domingo, ás 18h, na Arena Fonte Nova, em Salvador.

Aprimorar a parte técnica será essencial. Controlar os nervos será outra tarefa. Futebol é paixão, emoção, mas os jogadores e a comissão técnica não podem ser intempestivos ou rancorosos. O duelo contra o Corinthians demonstrou estes dois cenários de modo cabal.

Na comemoração do gol aos 38min do primeiro tempo, Eduardo Baptista, de acordo com os relatos do repórter Gustavo Biano, do Premiere Futebol Clube, foi para o alambrado tirar satisfação com um torcedor que exigia a saída do atacante Lucca.  Na entrevista, o treinador tirou o foco e desconversou. “Comemorar com o torcedor é gostoso. É extravasar, ver as coisas acontecerem, executarem o plano de jogo com perfeição. Treinamos exaustivamente, e isso dá prazer quando dá certo”. Tudo lindo ou certo se não fosse por um detalhe. Cansamos de ouvir personagens do mundo da bola como Eduardo Baptista e jogadores e dirigentes relatarem que na arquibancada, desde que não seja com violência física o torcedor pode criticar e vaiar porque está no seu direito pois pagou ingresso. Apesar da declarações, todas as evidências conduzem para o treinador não ter comemorado e sim encaminhado uma revanche a quem estava na arquibancada.

Há várias partidas que Lucca deixou a desejar. Não atua com desenvoltura, não tem a pegada desejada na marcação da saída de bola e os gols sumiram. E contra o Corinthians, antes do lance do gol, a tendência parecia que iria se confirmar. O que Eduardo Baptista queria? Torcedores adestrados? Desculpe, isso não é futebol. Nem aqui, nem lá na China.

Assim como a entrevista de Lucca durante o intervalo do jogo foi um show de desprezo e de falta de empatia ao próximo. Um pequeno grupo de torcedores pisou na bola ao lhe agredir no Aeroporto de Viracopos? Evidente que sim. Mas 99,99% dos torcedores pacíficos e ordeiros da Macaca também estão chateados com sua queda de rendimento e falta de comprometimento. O que ele queria? Tapete vermelho para condecorar sua queda de produção? Ele deveria saber há muito mais tempo que o torcedor pontepretano tem compreensão quando o atleta é limitado ou não tem potencial técnico. O que o pontepretano não suporta é falta de dedicação, ausência de conhecimento da história do clube e do sofrimento do seu povo. Lucca infelizmente cometeu este pecado. E não parece disposto a se redimir.

Quanto a Eduardo Baptista, sua veia pontepretana não pode perder de vista o foco principal: ele é o comandante em um instante delicado da história da Macaca e é preciso maturidade, controle emocional e liderança para levar este barco para a outra margem do rio. Sem tal entendimento, a vitória (merecida!) de hoje pode virar o tormento de amanhã.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

9 Comentários

  1. Profeta, não tente ir contra a verdade histórica usando pequenos casos isolados: qualquer morador de Campinas nos últimos 100 anos sabe que arrogância, esnobismo, burguesia lembram Guarani. Humildade, igualdade, povão lembram Ponte Preta.

  2. Ponte Preta povão? Que só conseguiu sair da lama por conta de 1 endinheirado e um ex-presidente de um clube rival?

  3. Eric, olha o próprio Ricardo Pin, com o comentário dele, revela o espírito da AAPP. E o que o Vagner falou também é a mais pura verdade. Como sempre falo, a arrogância está enraizada na AAPP. É um time de soberba e arrogância.

    Quanto ao Guarani, estamos caminhando com toda a humildade, luta e garra. Estamos em situação difícil, mas com muita batalha, haveremos de recuperar nosso espaço no cenário nacional. Vamos, Guarani. Humildade, raça e luta. Símbolos do Guarani, Velho Guerreiro!

  4. Deus ajuda a quem cedo madruga… e a quem paga seus débitos, sem deixar famílias de bem obrigadas a entrar na justiça para receber o que lhes é devido. O Guarani, com essa humildade que você insinua, fez isso por anos a fio, e está sendo penalizado por isso. Incrível que nenhum dos notáveis bugrinos tenha achado que valia a pena injetar dinheiro para salvar o clube.

  5. Sabe como é, o povo do “burguês” do Guarani que mencionou tem que pagar suas próprias contas, já o do povão se dá o luxo de injetar mais de 100 milhões num time de futebol… eita “povão” hein…
    Mas, o Guarani está conseguindo se reerguer com suas próprias pernas, pagando a estas famílias e a outros com seu patrimônio que é o estádio localizado numa das regiões mais nobres de Campinas.
    Farah e Carnieli, o povão da AAPP!

  6. Éric, o Guarani cometeu seus erros, mas estamos nos reerguendo, pagando nossos devedores, com toda a honestidade. Temos a humildade de reconhecer nossos erros e procurar consertá-los. A comunidade bugrina é formada por gente de bem. Sempre há o joio no meio do trigo, mas o trigo é maioria.

    Já na AAPP, o time que sempre se arroga ser do povão, a verdade é que só existe porque um doido bilionário chamado Carnieli resolveu investir. Se não fosse por ele, vocês não teriam nem sofá para sentar.

    O Guarani, ao contrário da AAPP, é o time da humildade, do povo, da garra e da alegria. Essa é nossa história. É só pesquisar e verá. Time do povo, coração da cidade de Campinas.