Wesley Mattos e a dúvida deixada no ar: é prazeroso trabalhar na Ponte Preta?

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O sonho de qualquer pessoa é ganhar bem em um ambiente saudável. Ser querido pelos colegas de maneira sincera e ser subordinado a uma estrutura totalmente profissionalizado e que oferece chances de ascensão e projeção. No futebol não há diferença. Jogadores desembarcam nos clubes com a esperança de abrir um horizonte de histórias e conquistas que lhe eternizem.

Tal sentimento existia no zagueiro Wesley Mattos quando foi contratado para atuar pela Ponte Preta no Paulistão. Foi suplantado pela dupla formada por Luan Peres e Renan Fonseca. Jogou apenas uma partida. Arrumou as malas e voltou para Goiânia. Na sua apresentação no Vila Nova (GO), sua declaração deveria ser ouvida atentamente pela diretoria pontepretana:

“Tive uma proposta muito boa da Ponte, profissionalmente e financeiramente. Só que as coisas acabaram não acontecendo como eu imaginei. Foram os três meses mais complicados da minha carreira. Vi muitas coisas ruins no meio do futebol. Minha decisão de voltar não foi nem só para poder jogar. Queria um lugar em que minha família esteja feliz, onde eu esteja feliz. O Vila é um clube que eu passei a amar. O Vila não se explica, o Vila se ama. Minha família está feliz novamente”.

Sua avaliação sobre o Vila Nova é mais do mesmo. Praxe. Corriqueiro. Chama atenção, no entanto, o lamento público e escancarado sobre aquilo que viveu no estádio Moisés Lucarelli. Em resumo: a Ponte Preta, para ele é um lugar ruim para trabalhar. Talvez nem o bom salário compensasse.

Tal declaração não deveria ser motivo de repulsa e sim de reflexão por parte dos dirigentes. O que leva um atleta a quebrar o código de ética no futebol e dizer os pontos negativos de um local que ficou por menos de três meses? Empresas multinacionais investigam quando estão diante de tal quadro.

Galgar e ambicionar uma colocação melhor na Série B do Brasileirão passa pela construção de um bom relacionamento no cotidiano. Wesley Mattos deu o recado.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

3 Comentários

  1. Só deixou claro que é um jogar mediano sem vontade de crescer, aqui é Ponte Preta, aqui é clube grande e de expressão, simplesmente não aguentou a pressão e a cobrança.

  2. A AAPP é um time arrogante. A torcida também. A própria declaração do Alan Lopes evidencia isso. Deveriam investir em melhorar o clima organizacional. Vai afundar cada vez mais, esse time. Vejam a diferença para o Guarani: um time onde os jogadores tem encontrado alegria de jogar

  3. Alegria de jogar é receber em dia, ter estrutura de treino e profissionais capacitados.
    E outra, dizer que a torcida da Ponte é mais arrogante que a do gfc é brincadeira… Para isso, vc deve ter uns 15, 20 anos no máximo. Desconhece a historia e a atmosfera do clube que vc torce.
    Quanto ao gfc ser um time que esta jogando bem – serie A2 – com alegria, eu concordo. Mas se tirar umas 3 peças do time ou atrasar um salário vc acha que essa alegria continua?
    Menos Profeta! Bem menos…