Perder do América Mineiro é algo normal na conjuntura da Série B. O time é melhor treinado, conta com jogadas ensaiadas, um técnico presente no dia a dia desde o Brasileirão do ano passado e um sistema defensivo eficiente, que quase não permite lances ao adversário.
O Alviverde teve bons momentos e quase obteve o empate. Dá para cravar: não há motivo para dirigir-se de cabeça baixa para encarar o Ceará, oponente desta terça-feira, às 21h30, no estádio Castelão, em Fortaleza (CE).
Oportunidade. Esta é a palavra que deveria estar na mente dos bugrinos. O time treinado por Marcelo Chamusca tem 64,6% de aproveitamento como mandante, com nove vitórias, quatro empates e três derrotas para o Santa Cruz ( 3 a 1), Internacional ( 2 a 0) e Goias (1 a 0). Dois dos três tropeços foram diante de adversários cuja marca da oscilação esteve presente.
O aproveitamento do Guarani é péssimo como visitante? Concordo. Rendimento de 20,8% em 16 partidas é desolador. É para descartar qualquer tipo de reação seja contra Ceará, Londrina ou Internacional, os desafios restantes como visitante. Entretanto, podemos chamar a atenção para um aspecto: Lisca recuperou a motivação do grupo e deu sentido tático a equipe.
O jogo contra o América demonstrou alguns instantes de pânico e desorganização, mas em boa parte do jogo o que se viu foi um time consciente, com desejo de jogar e que criou situações de perigo. Ou seja, não existiu perda daquela equipe vencedora contra o Juventude e que arrancou um empate contra o Goiás no Serra Dourada.
O Ceará é favorito? Evidente que sim. Em condições normais a vitória virá com tranquilidade. Isso não quer dizer a inexistência de brechas para o Guarani complicar a vida que está a um passo da primeira divisão nacional. Basta Lisca e seus comandados acreditarem.
(análise feita por Elias Aredes Junior)