Uma retrospectiva de 2017 da Ponte Preta em notas de 0 a 10

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Chega o final do ano e as retrospectivas viram o assunto do momento. O portal Só Dérbi fará diferente. Vamos realizar uma avaliação e dar notas de 0 a 10 para fatos ou personalidades que estiveram no Majestoso durante toda a temporada. Leia, reflita e também dê sua opinião.

Nota 10 – Quando os ingressos foram estipulados a preços populares, a torcida da Ponte Preta comoveu e trouxe emoção às arquibancadas. Foi o décimo segundo jogador de fato e de direito. Pena que a diretoria entendeu tal conceito tão tardiamente.

Nota 09 – Os 45 minutos da Ponte Preta de Gilson Kleina na semifinal contra o Palmeiras no Moisés Lucarelli foram os melhores de 2017. Disparado. Se jogasse todos os jogos do Brasileirão com aquela vibração, velocidade e disposição tática, jamais sentiria o gosto do rebaixamento.

Nota 08 – Para o trabalho de Gilson  Kleina no Paulistão. Pegou uma equipe desestruturada, concedeu um esquema de contra-ataque e teve no trio formado por Pottker, Clayson e Lucca a mola mestra nas vitórias. Pena que não se encontrou no Brasileirão e a sua demissão ficou inevitável. Seu Brasileirão foi um horror.

Nota 07 – Entre idas e vindas e apesar de algumas falhas, o goleiro Aranha honrou a camisa pontepretana e foi um dos únicos que se salvaram em toda a temporada.

Nota 06 – Luan Peres e Marllon foram os únicos zagueiros confiáveis do ano de 2017. Ou você confiaria em Fábio Ferreira, Yago ou Rodrigo?

Nota 05 – Teve um jejum de gols inexplicável, mas o centroavante Lucca teve um desempenho satisfatório em muitos jogos. Se fosse mais constante, certamente estaria no topo.

Nota 04 – A falta de comunicação de Vanderlei Pereira com a torcida pontepretana e o distanciamento de Sérgio Carnielli foram fundamentais para incrementar o caldeirão de ódio e ressentimento reinante nas arquibancadas.

Nota 03 – O processo eleitoral da Ponte Preta foi um vexame. Em todos os sentidos. A oposição não conseguiu o mínimo necessário para concorrer, enquanto que na situação preponderou a falta de diálogo com aqueles que pensam diferente.

Nota 02 – Naldo, Jadson, Negueba, Maranhão, Jean Patrick… Uma montanha de jogadores limitados. Impossível deixar de culpar o gerente de futebol Gustavo Bueno pelo desastre no Campeonato Brasileiro.

Nota 01 – Contratado para salvar o time do rebaixamento, Eduardo Baptista teve aproveitamento de 28%. Não há como elogiar. Como também não dá para elogiar a violência contra os jogadores no Aeroporto de Viracopos e a invasão após o terceiro gol do Vitória.

Nota 0 – Dois fatos. O primeiro foi a atitude inexplicável do zagueiro Rodrigo diante do Vitória. Expulsão merecida, assim como o desligamento da Ponte Preta. O time cai para a segundona nacional e a torcida até agora não teve uma entrevista coletiva tanto de integrantes da atual diretoria como da próxima. Enquanto isso, dirigentes de Coritiba e Avaí, que também tiveram o mesmo dissabor, não exibiram medo de encarar os microfones. O torcedor pontepretano não merece.

(análise de Elias Aredes Junior)