Ponte Preta: Investimento emocional que não tem valido a pena. Por André Gonçalves

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Muito mais um desabafo pessoal do que um texto que mereça ser publicado.

Desafio de memória que será respondido no final do texto: quando foi a última sequência de vitórias da Ponte Preta?

Não conheço nenhum torcedor da Ponte Preta que não seja completamente apaixonado pela instituição. Dos mais jovens aos idosos, todos são loucos pela Macaca.
A intensidade é variável e cada um tem sua forma de mostrar esse sentimento inexplicável pela Nega Véia.

Dos mais fervorosos aos -digamos- entusiastas, o descontentamento é geral.
Ano após ano, gestão após gestão, chegamos ao final de mais uma temporada brigando contra o rebaixamento.
Raras às vezes o final de ano foi tranquilo ou almejando coisas acima do que era esperado pela torcida. Raras.

Situação e oposição nessa e nas outras administrações só querem ser do contra. Foi assim nos mais de 25 anos da era Sergio Carnielli e não é diferente agora com Marco Eberlin.
Colocam os egos acima do clube. As vontades próprias antes das necessidades reais da instituição. O resultado é esse: briga sistemática contra o rebaixamento. Inevitável e inacreditável ter que amargar a Série A2 do Paulista em 2023. De tanto flertar anos anteriores, caímos. Obrigação era voltar rápido. Deixamos de disputar a Copa do Brasil após inúmeros vexames nas últimas edições que estivemos presentes.

O torcedor nunca abandonou. O torcedor nunca vai abandonar sua Macaca Querida. Vivemos, respiramos por uma mínima faísca de esperança de bons resultados. Duas, três vitórias em sequência já é motivo de uma inexplicável comoção e empolgação. Isso já é o suficiente para nossa paixão nunca se apagar.

Mas estamos cansados dessa rotina anual. Um investimento emocional que não tem o retorno que merecemos. Não tem valido a pena!
O resultado: a cada ano que se inicia, a média de público diminui. Será que esse é o objetivo? Reduzir a quantidade de possíveis reclamantes.

Um percentual da nossa grande nação que ainda se motiva ir ao Majestoso numa segunda-feira as 21h30, além da derrota dentro de campo, acaba em confronto com a Polícia Militar fora do estádio.

Se o elenco é bom o suficiente como diz Eberlin e Nelsinho, qual a punição para tamanha má vontade e incompetência? Se tem qualidade nos jogadores que estão vestindo nossas cores e nos encontramos na posição de tabela que estamos, qual é o problema? Qual diagnóstico?

A torcida que reclama muito, Eberlin? É nossa culpa se a dupla de zaga intocável pelo técnico, dá ao menos um gol por partida de presente ao adversário. Se nosso 10, que está há 2 anos no clube, não entra em forma nunca. Se lamentamos a possibilidade de perder Jeh (vejam só) no início da Série B. Se fazer o básico cuidando do nosso patrimônio, é comemorado. Não me venha dizer que a gestão anterior não fazia… to nem ai! Quem está, é obrigado a fazer! Assim como a anterior deveria ter feito. Mas cuidar do que é nosso, é obrigação de todos os gestores.

Angustiado pelo que nos espera nas rodadas derradeiras dessa Série B e esperançoso por uma nova faísca para reacender a chama de que dias melhores podem (precisam) voltar…

Respondendo ao desafio lá do início: a última sequência de vitórias que tivemos foi na Série B de 2023, final de junho e início de julho. Foram 3 vitórias seguidas: Ituano (fora), Novorizontino (casa) e Avaí (fora). Depois disso são 64 partidas sem 2 vitórias em sequência.

André Gonçalves-Especial para o Só Dérbi