Na entrevista coletiva concedida antes do jogo de amanhã contra o União Barbarense, fora de casa, o técnico Pintado fez uma projeção matemática: somar 11 pontos, ficar com 31 pontos e sacramentar a classificação ás quartas de final da Série A-2 do Campeonato Paulista. Teria que embalar um aproveitamento de 73%, acima do atual líder Bragantino, com 69%. “O que passou, passou. É daqui para a frente apenas. O Guarani depende exclusivamente dele. A matemática é fria, mas a ideia é buscar 31 pontos. Então precisamos somar pontos e o jogo passa por isso”, disse o comandante do Alviverde.
Aqui mesmo neste espaço você já verificou por diversas vezes cálculos e projeções matemáticas sobre as chances bugrinas na reta final da Série A-2. É nossa função. Esclarecer o torcedor e mostrar que existe margem de manobra e esperança de dias melhores.
Quanto ao técnico Pintado, apesar de compreender sua preocupação, penso que o treinador deveria mudar suas prioridades. A verdade é que estamos a cinco rodadas do final do certame e até agora o Guarani não tem um sistema estável de jogo, seus jogadores não inspiram confiança em instantes decisivos e a perda de pontos em casa para oponentes como Taubaté, Paulista e Rio Branco deixou colocou uma pá de cal na ambição bugrina de entrar no G-8.
Pintado deveria cobrar uma recuperação mais rápida do atacante Max e buscar saídas para o futebol irregular dos zagueiros Thiago Carpini e Lucas Bahia. Pergunta: será que a matemática deve ser preocupação unitária?
Conselho: esqueça a calculadora, pense jogo a jogo e no final veja se a classificação bateu a porta. Mas que tenha consciência: sua indecisão em trechos do campeonato levou o Guarani a situação delicada.
(análise escrita por Elias Aredes Junior)