Ponte Preta, Gustavo Bueno e a luta contra o relógio

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Nesta semana o companheiro de site Só Derbi Paulo do Valle divulgou uma matéria sobre os planos da Ponte Preta para o Campeonato Brasileiro e a revelação de que a Macaca tentou o centroavante Kieza, agora presente no Vitória (BA). A informação detonou um sentimento de inconformismo na caixa de comentários da página do site no Facebook. Torcedores criticaram os critérios de escolha da diretoria e pediram jogadores de qualidade.

Essa reação intempestiva provoca reflexões. A primeira é a de que Gustavo Bueno terá uma margem diminuta para atuar. Os torcedores ainda mostram-se inconformados com a perda de jogadores do porte de Biro Biro, Fernando Bob, Renato Cajá e Marcelo Lomba e a aparição de atletas que ainda não corresponderam a expectativa. Ou seja, ninguém espera nada mais, nada menos do que uma reposição a altura e capacidade para reagir e construir boa campanha no Campeonato Brasileiro.

Outro aspecto que chama minha atenção é a intolerância da torcida da Ponte Preta em aceitar um passo atrás para andar dois. Ou seja, permanência no Paulistão e Brasileirão é pouco. Não tira a razão das arquibancadas. Há quatro anos, a Macaca sempre teve algo relevante a comemorar ou celebrar. Em 2011, terminou na terceira colocação da Série B e subiu. No ano seguinte, além de participar da semifinal do Campeonato Paulista contra o Guarani ainda subverteu as previsões e permaneceu na 14ª posição com 48 pontos.

Em 2013, não há como esconder as decepções com a queda diante do Corinthians nas quartas de final do Paulista e o rebaixamento no Brasileirão. Em contrapartida, o time participou da Sul-Americana e ficou a um passo do título, faturado pelo Lanús. Em 2014, foi a vez de Guto Ferreira levar a Macaca ao vice-campeonato da Série B. No ano passado, a 11ª posição deixou um gostinho de “quero mais”.

O inicio claudicante no Paulistão, a possibilidade de ficar fora das quartas de final do Paulistão deste ano detonou um sentimento de que tudo pode ser colocado a perder. Cabe a Gustavo Bueno comprovar que tal sentimento não passa de um desespero infundado.

(análise escrita por Elias Aredes Junior)