As diretrizes da reunião do Conselho Deliberativo, agendada para a noite desta segunda-feira, no Brinco de Ouro da Princesa, foi detalhada pelo presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho, em entrevista à Rádio Central de Campinas.
O mandatário explicou que a possibilidade de terceirização de futebol está totalmente descartada e que o assunto do momento diz respeito à cogestão. “Não existe essa chance (de terceirizar), até porque não recebemos nenhuma proposta e seria uma medida muito agressiva. Afinal, estaríamos entregando a chave do futebol sem nenhuma participação na gestão. Já superamos esse momento”, explicou.
“Em virtude da manutenção na Série B do Campeonato Brasileiro e do acesso à Série A1 do Campeonato Paulista, o clube alcançou condição privilegiada. A tendência mundial é cogestão, pois associa a marca da instituição com empresas fortes, cuja capacidade de investimento é enorme. A possibilidade de ganho é bem maior. Estamos em momento de reconstrução administrativa e financeira e isso reflete para dentro do campo. A visibilidade coloca possíveis parceiros à disposição para se candidatar. A nossa tradição também ajuda. Trata-se do caminho mais curto para reforçar o elenco ao longo da temporada”, emendou o cartola.
Outro ponto explicado por Palmeron foi a redução da dívida trabalhista do Bugre, problema inerentes às últimas gestões. “Estamos diminuindo o endividamento. Na última semana, fechamos outro lote de acordo trabalhista com redução superior a R$ 2,5 milhões. O déficit total era de R$ 7,8 milhões, já foi reduzido na casa de R$ 5 milhões e parcelado em 36 meses”, afirmou.
O corte no que é devido ajuda a diretoria a trabalhar com o dinheiro no mercado da bola. Apesar das dificuldades recentes para reforçar o plantel e da obsessão pelo acesso à elite do futebol brasileiro, o presidente garantiu que a prioridade é equilibrar as contas.
“Queremos brigar pela vaga na Série A, mas isso passa por algumas condições para que no futuro não tenhamos problemas. Não adianta eu contratar o Cristiano Ronaldo e não conseguir pagar. Vamos andando conforme nossos passos. Para ter maior qualidade, o investimento tem que ser maior”, alertou.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Guarani Press)