Neste período de expectativa antes da resposta da CBF quanto à aplicação da punição pela perda de dois jogos para a Ponte Preta, um aspecto me chamou a atenção. A quantidade de pessoas que utilizaram a área de comentários do Só Derbi na página e nas redes sociais para perguntar se a diretoria executiva sabia do julgamento. Pedir o relato das providências em relação ao depoimento da arbitragem foi outra providência sistemática pedida pelos torcedores.
Fiquei espantado porque a postura dos torcedores demonstra a rasa credibilidade que a diretoria goza nas arquibancadas. E quanto existe desleixo dos próprios integrantes dos comandantes para inverter este quadro.
Uma equipe com confiança e popularidade perante as arquibancadas jamais seria questionada. Vou além e digo que todos estariam na espera da palavra da diretoria jurídica sobre os acontecimentos.
Esta faceta do episódio mostra que, ao invés de ficar bravo com as noticias e comentários dos veículos de comunicação, a diretoria da Ponte Preta deveria calçar as sandálias da humildade e ir à luta. Reestabelecer o crédito perante um torcedor sofrido, que não aguenta mais ser prejudicado e sofrer desilusão por vacilos nos torcedores. Alguns pisaram na bola ao atirarem o rojão no estádio? Não é esse o foco do artigo e sim, como torcida e diretoria estão distantes um do outro.
Se o torcedor pontepretano fosse proprietário de um bar, certamente, ao verificar a entrada de qualquer dirigente colocaria atrás do balcão duas opções. O primeiro seria “Fiado só amanhã” e o segundo seria “Permitido fiado só para maiores de 99 anos acompanhado dos país e dos avós”.
Afinal, a gente só abre a guarda em quem a gente confia. Simples assim.
(análise feita por Elias Aredes Junior)