Olhando da perspectiva do torcedor vejo algumas decisões da diretoria da Ponte Preta como ambíguas em relação à torcida.
De fato, a atual direção do clube entende um pouco mais da nossa torcida do que a anterior capitaneada pelo ex-presidente Vanderlei Pereira, mas ainda não existe um porta voz da direção para falar com o torcedor.
Não posso responder por todos os pontepretanos, mas grande parcela dos que conheço pessoalmente ou pelas redes sociais abominam serem tratados como “clientes” e não como torcedor.
Todos nós somos clientes de marca ou produtos mas nunca de um time de futebol. A relação com a Macaca é bem maior que isso!
Se um produto que você compra não satisfaz suas necessidades, você não compra mais e passa para o concorrente. Isso nunca acontece com o torcedor! Principalmente o da Ponte Preta!
Algumas decisões dessa diretoria me fazem lembrar das setorizações do Majestoso, mas outras resgatam o desejo de buscar uma reaproximação!
Ao meu entender, a gestão de duas décadas de Sérgio Carnielli começou a se perder quando rompeu o elo que sempre houve entre Ponte Preta e sua torcida. Fugindo de nossas origens na gestão e no campo. Por isso, não formamos mais jogadores e vamos as compras com parceiros duvidosos.
As coisas ocorreram simultaneamente e o resultado disso é média de quatro a cinco mil por jogo. Apaixonados que se negam a deixar a Alvinegra!
Esqueceram da torcida, e os “clientes” foram os primeiros a deixar o time na mão porque os resultados não vinham. Em seguida foram os cansados, que não aguentavam ver as coisas acontecerem e, para evitar maior sofrimento, se afastaram.
Existe também o torcedor raiz! Aquele que não liga para nada do que foi escrito acima, apoia o time e não espera nada em troca, pelo fato de que ser pontepretano já o satisfaz! Para esse torcedor, nada mais justo a diretoria proporcionar ingressos acessíveis para o seu reencontro com seu time/religião/paixão ou tudo isso junto que atende pelo nome de Associação Atlética Ponte Preta.
(análise: André Gonçalves)