Fim do primeiro tempo. Jogo empatado entre Guarani e Brasil de Pelotas. Rafael Longuine tinha balançado as redes. Dava a entrevista de praxe para o Premiere Futebol Clube. Após a análise tática, a frase desconcertante: ““Queremos agradecer ao professor Umberto (Louzer) e a comissão (técnica). Se estamos aqui nestas condições, brigando até umas rodadas atrás, devemos muito a eles”, disparou.
Antes de a bola rolar, o próprio técnico interino Marco Antonio Ribeiro rendeu homenagens a Umberto Louzer. Não é necessário ser um ás em administração ou em relacionamento humano para perceber que a medida tomada pelo Conselho de Administração foi reprovada.
Seus integrantes podem imaginar que tal avaliação negativa não terá reflexos em curto, médio e longo prazo. Ledo engano. Se todos os atletas forem embora, o estrago pode ser pior do que se imagina. Por que? Simples: o futebol é uma comunidade, em que todos se falam e se conversam. A troca de impressões sobre clubes, dirigentes, jogadores e técnicos é constante. Recordo a decisão de Rogério Ceni em treinar o Fortaleza, que só aconteceu graças a intermediação de Bosco, seu ex-reserva no São Paulo que lhe levou para conhecer os dirigentes do Tricolor de Aço. Ceni fez suas exigências, todas foram atendidas e o resto é história. Tudo isso ocorreu porque alguém deu aval.
Se Rafael Longuine for perguntado por algum companheiro de profissão sobre o que pensa dos dirigentes do Guarani, qual será resposta e avaliação?Vai elogiar? Chamar a atenção de possíveis dissabores?
Palmeron Mendes, Assis Oliveira e outros integrantes talvez não saibam a repercussão negativa de suas atitudes. Vão descobrir da pior forma possível. Azar do Guarani e de sua torcida.
(análise feita por Elias Aredes Junior)