Quando a concentração máxima vai atuar junto com os zagueiros da Ponte Preta?

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Aconteceu contra o Grêmio. Luan pegou uma bola de fora da área e cravou o gol da vitória. A história foi repetida diante do Flamengo. Diego deu a bicicleta, Aranha provocou o rebote e Fernandinho fuzilou as redes. Tudo nos minutos derradeiros. Dois pontos perdidos com gosto amargo. O torcedor da Ponte Preta faz a reflexão: por que acontece? O que motiva tais vacilos? Sim, os 34 pontos ainda se constituem em boa campanha, mas são por vacilos como estes que a Macaca ainda chegou em definitivo na briga pela Copa Libertadores de 2017.

Coloque estes fatos junto com um número preocupante: são 35 gols sofridos, o mesmo patamar de Cruzeiro e Vitória, muito mais preocupados com a zona do rebaixamento do que com a ambição de conquista de alvos maiores.

Inevitável deixar de analisar o comportamento do sistema defensivo formado pelos zagueiros Douglas Grolli e Fábio Ferreira, além dos volantes João Vitor e Wendel. As equipes exitosas neste setor apresentam dois requisitos que precisam encontrar-se juntos para dar resultados palpáveis: talento e concentração. Detalhe: por vezes basta contar apenas com a concentração e tudo se resolve.

Explico: ex-atletas como Ronaldão, Argel Fucks, Moisés ou até o atual treinador Abel Braga nunca foram conhecidos por serem integrantes “top” da posição. Pelo contrário: limitados, viris e por vezes até violentos ganharam a antipatia e a resistência de torcedores espalhados por todo o Brasil. Mas o que diferenciava tais jogadores? Simples: atenção máxima. Até o último minuto, não desgrudavam dos atacantes perigosos do adversário e sequer tinham pudor em chutar a bola para frente ou tirar em cima da linha quase fosse necessário. Garantir o resultado era o mais importante.

Então vamos tocar na ferida: Douglas Grolli é, no máximo, um beque mediano e Fábio Ferreira é limitado. Se não podemos exigir qualidade e talento, qual a saída? Atenção máxima. Até o último minuto. Marcação forte e ferrenha nos oponentes e posicionamento adequado para cortar as bolas que possam transformar-se em gol. Pegue como modelo até a foto que ilustra esta matéria. Não podemos condenar Grolli porque Diego surpreendeu ao dar a bicicleta. Mas a liberdade de Fernandinho para arrematar dentro da área? Pois é. 

A concentração tem faltado para alguns componentes do setor defensivo. E isso precisa mudar nos 15 jogos finais. Até para que não se estrague uma campanha com potência para ser histórica.

(análise feita por Elias Aredes Junior- foto de Gilvan Souza/assessoria de imprensa Flamengo)