Prestes a decidir sua sorte na Copa do Brasil diante do Atlético Mineiro, a Ponte Preta pode vangloriar-se de ajudar a bagunçar o coreto do futebol brasileiro. Para aqueles que comandam o futebol brasileiro, as 11 primeiras posições seriam ocupadas apenas pelos gigantes enquanto que os times de pequeno e médio porte teriam que se contentar em lutar contra o rebaixamento. Sim porque em caso de irregularidade na competição, os bicho papões seriam substítuídos pelos “candidatos” previamente estabelecidos e massacrados pelas cotas milionárias da televisão.
Com 12 jogos a serem disputados, dá para dizer que o plano está indo por água abaixo. Hoje, nas 10 primeiras colocações temos o Atlético Paranaense com 39 pontos e na sétima posição, seguido pela Macaca com a mesma pontuação e a Chapecoense com 38 pontos na décima posição. Com mais sete pontos essas três equipes estão livres do risco da degola e automaticamente podem pensar em vôos mais altos. E vão pensar.
Em contrapartida, o São Paulo, com 34 pontos, o Cruzeiro com 30 e o Internacional, com 27 pontos estão desesperados e tensos só de pensarem na perspectiva de disputarem a Série B de 2017. Detalhe: nenhum dos três jamais experimentou a sensação de rebaixado.
A Macaca ajudou a compor o quadro. Somou quatro pontos diante do Palmeiras e acumulou vitórias diante de São Paulo, Corinthians, Botafogo e Grêmio. São 16 pontos antes considerados como favas contadas pelos gigantes e indiretamente auxiliaram na formação do equilbrio.
Até o final do segundo turno a Macaca jogará na condição de visitante diante de São Paulo, Internacional e Cruzeiro. Se tirar pontos pode auxiliar no aumento do desespero de torcidas que jamais pensaram na perspectiva de “visitar” a segundona.
Na fase de previsões, a Macaca já entraria virtualmente derrotada. Com a boa campanha o respeito existe e o temor já é uma realidade, apesar da campanha decepcionante da Ponte Preta como visitante, com 10 pontos em 13 rodadas, com duas vitórias, quatro empates e sete derrotas.
Que ninguém se engane: para os chefões do futebol brasileiro, o sufoco vivido por São Paulo, Cruzeiro e Internacional estava fora do roteiro, assim como a campanha da Macaca. Sorte dos torcedores da alvinegra desfrutarem deste bom momento.
(análise feita por Elias Aredes Junior)