Conformismo contamina torcida, dirigentes e jogadores. Resultado: Guarani abre mão do segundo turno. É correto?

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Reunião do Conselho de Administração com departamento de futebol profissional e nada foi resolvido. Nenhuma mudança. Zero de alteração. O Guarani continua na lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro. Tem jogo programado para a próxima terça-feira, diante do Operário (PR). Aos poucos, a torcida começa a ser derrotada por um inimigo oculto e silencioso: o conformismo.

A equipe perdeu para um concorrente direto na luta contra o rebaixamento, o Vila Nova (GO). A indignação e o protesto não ocorreram em forte intensidade, seja nas redes sociais ou nas arquibancadas. Parece que é destino do Guarani voltar para a terceirona nacional e viver novamente um inferno vivido por quatro temporadas seguidas.

O vilão mor já está decidido: Palmeron Mendes Filho. Não que seja culpado. Tem muita culpa. Assim como Fumagalli e Marcus Vinicius Beck Lima. Agora, será que eles são os únicos vilões? Será que os erros devem ser concentrados nestas únicas pessoas? Não apareceram outros palpiteiros de plantão? E vou além: será que com uma mudança profunda de nomes e filosofia não há possibilidade de lutar por um segundo turno redentor?

Não renego a qualidade do time do Guarani. É fraco. Muito fraco. Inchado. Agora, o que espanta é o conformismo reinante na torcida e em boa parte da diretoria provocar um gesto involuntário, que é abrir mão de disputar os 57 pontos em disputa no segundo turno.

Falta de talento o elenco já demonstrou por diversas vezes na competição. Incompetência a diretoria também exibiu. O que não dá é covardia. Desistir de lutar não combina com uma torcida e um clube que já chegou no topo. Ainda dá tempo de mudar o rumo da prosa. Basta querer.

(Elias Aredes Junior- Foto Letícia Martins)