Clubes do interior paulista precisam buscar a união. Antes que seja tarde…

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Guarani. Ponte Preta. XV de Piracicaba. São Bento. São Caetano. Botafogo de Ribeirão Preto. Internacional de Limeira. Bragantino. Novorizontino. Ituano. Todos estes clubes não são sediados na capital paulista. Mesmo assim tem uma montanha de história para contar. Ganharam títulos. Participaram de decisões. Tem torcidas participativas. Revelaram jogadores. São respeitados pelo Brasil. E se não estiverem atentos serão exterminados em pouco tempo caso vingue nos atuais moldes a Medida Provisória 984, que faculta ao mandante a comercialização dos direitos de transmissão.

Como bem disse o cronista esportivo Alberto César na edição de sábado do Brasil Esporte Clube, na Rádio Brasil, está mais do que na hora das rivalidades serem deixadas de lado e todos serem inseridos em uma associação para defenderem seus interesses.

O cenário é complexo. Estes clubes não tem o portifólio de torcedores dos gigantes. Tem representatividade local. Mas as suas participações no tabuleiro do futebol é vital, ora para dar musculatura para determinadas competições ou para revelar atletas. Gabriel Martinelli só arrebenta no Arsenal porque teve tranquilidade para maturar o seu futebol no Ituano. Amoroso só fez história no futebol internacional graças a base no Guarani. Luis Fabiano é um atleta que já entrou para a história graças aos passos iniciais dados na Ponte Preta.

Veja: encerrar de uma hora para a outra o Campeonato Paulista seria um duro golpe para tais agremiações. Pode até ser que a cota não faça falta para Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, mas para os médios competitivos, o quadro muda: o Guarani recebeu nesse ano quase quatro milhões de cota do paulistão e terá outros R$ 8 milhões da Série B, fora o desconto das penhoras. Pense no prejuízo gerado se o paulistão acabar do dia para a noite.

Uma união entre esses clubes é fundamental até para pensar em calendários alternativos, criação de competições  e uma força para interferir no debate da MP.

O que não dá é aceitar que cada um defenda seu próprio interesse. Aí seria morte certa. De todos.

(Elias Aredes Junior)