Há pelo menos três semanas eu tento marcar uma entrevista para transmissão ao vivo no Facebook com o técnico da Ponte Preta, João Brigatti. Sempre prestativa, a assessoria de imprensa da Macaca esclarece que seu horário está lotado devido ao planejamento do time e a participação em cursos de reciclagem. Minha reação não foi de reprovação. Pelo contrário.
Brigatti merece todo reconhecimento. Em um país calcado pela ausência de valorização da educação e do desprezo ao conhecimento cientifico e acadêmico, não é espantoso que tal sintoma esteja presente no futebol.
Reconhecidamente forjado dentro das quatro linhas e no gramado, Brigatti percebeu de que pode e deve ir além. Conhecer outras escolas. Vislumbrar outros estilos de jogo. Pesquisar e detectar aquilo que pode ser aplicado para o elenco cheio de opções montado para a Série B.
Vai dar certo? Seria leviano em apontar uma direção. Mas a vida é feita de escolhas. Caminhos. Direções.
Com esse simples gesto, Brigatti avisa ao mundo do futebol que, dentro de suas limitações, ele quer se reciclar e deseja se inserir dentro deste novo tempo. Quer subir de patamar e entender como se pratica esta modalidade em diversos países do planeta. E um boa saída é ouvir gente que está antenada e pode transmitir tais tendências.
Brigatti quer entrar no campo e ministrar treinamentos que tirem o máximo de Camilo, Roger, João Paulo e que proporcione um posicionamento mais decente ao sistema defensivo.
Lógico, entrevistar um personagem como Brigatti é essencial para o exercício da prática jornalística. Ao se trancar em um quadro e ficar de frente para o computador, Brigatti demonstra que tem zelo não somente pela sua história, mas pelo crescimento da agremiação que está sob seu comando. Isso não tem preço.
(Elias Aredes Junior)
Kkkkk
Esse mão de pau é uma piada!!