Ponte Preta encara jogos e viagens em curto espaço de tempo. É hora de usar a cabeça!

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Jogar contra o Afogados (PE), Sampaio Côrrea (MA), Paraná e Botafogo pode cobrar um alto preço para a Ponte Preta. Jogador de futebol não é máquina. Está longe de ser um ser indestrutível. Percorrer 6.417 quilômetros em vôos e percursos terrestres em 10 dias terá consequências na performance física e técnica dos jogadores.

Leve em conta que o técnico João Brigatti apostou em novos titulares e formatou uma nova metodologia de jogo. Se colocar todos os titulares para atuar nos próximos 360 minutos, o risco de lesões é altíssimo. Se fizer o que deve ser feito, ou seja, poupar atletas, o atraso técnico e tático será inevitável.

Não pensaria duas vezes e utilizaria o rodizio. No futebol atual, o rendimento físico é fundamental e parte tática e técnica por vezes podem ser encobertos pela superação. Seria algo fácil de assimilar e entender se não fosse por um detalhe: a torcida.

As arquibancadas virtuais e o tribunal não dão refresco. Querem porque querem um futebol vistoso, técnico e de talento de modo imediato na Ponte Preta. Sem pestanejar. E se os jogadores forem poupados e vier um caminhão de derrotas? Brigatti será crucificado. Não deveria. É preciso pensar futebol em longo prazo.

Vou além: coerente seria atuar com time misto amanhã e no sábado e reserva força máxima para os confrontos com o Paraná e Botafogo, duelos com maior grau de dificuldade. O instante pede análise de longo prazo. Contentar a massa neste instante pode ser um péssimo caminho.

(Elias Aredes Junior)