Ricardo Catalá e a busca por conceitos modernos. Uma boa notícia para quem deseja bom futebol no Guarani

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Após o triunfo diante do Operário, o técnico bugrino Ricardo Catalá descreveu um conceito que já não deveria gerar espanto no Brasil: a mudança de estratégia e de formação do time titular de acordo com as características do adversário.

A frase, como sempre, foi curta e direta: “”Nós vamos avaliando jogo a jogo, entendendo o que o adversário pede, o que nós temos de jogadores disponíveis e como é a melhor forma de organizar o time para que ele seja competitivo a maior parte do tempo”, afirmou o técnico.

Isso não quer dizer que Catalá vai mudar os 11 jogadores a cada rodada. Nada disso. Catalá vai definir uma espinha dorsal e depois realizar mudanças pontuais. Em alguns jogos, a escolha por dois volantes típicos de marcação se faz necessária: em outra circunstância, uma defesa adversária pode pedir a presença de um atacante de referência enquanto que outro faz a movimentação pelos lados do campo. Alterações pontuais.

Quando Catalá exibe tal conceito, ele incute uma concorrência saudável. Não existirá os 11 titulares estáticos e os reservas não serão acionados somente em ultimo caso. Há um processo de construção em andamento e a participação de todos é fundamental.

E o melhor: mesmo que indiretamente, Ricardo Catalá mantém um legado do antecessor de Thiago Carpini: a fuga da mesmice. A construção de ideias antenadas com aquilo que se faz nos grandes centros. Que o Guarani colha os dividendos de tal alternativa escolhida.

(Elias Aredes Junior- Foto: josé tramontin/OFEC)