Números do passado comprovam: Ponte Preta descartar a luta pelo acesso neste instante é uma tremenda bobagem!

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Tudo na vida é uma questão de foco. De acreditar ou de jogar a toalha. Se você pensar que não há mais saída, pode ter certeza: a derrota é certa. Agora, se tirar forças e focar no seu potencial, algo positivo poderá acontecer.

Utilizei esta abertura reflexiva para dizer o seguinte: se existe uma bobagem que pode ser cometida pela diretoria executiva da Ponte Preta, jogadores, comissão técnica e diretoria é jogar a toalha em relação as possibilidades de acesso.

Ao revisitar a performance da Macaca após 30 rodadas nos anos de 2018 e 2019, chego a uma única conclusão: a Série B clama pela entrada da Ponte Preta no grupo de classificação. Só ela que não se ajuda.

Em 2018, a Alvinegra, já dirigida por Gilson Kleina, tinha 40 pontos, estava na 10ª posição e encontrava-se a oito pontos do quarto colocado, o Avaí. Final da história: o empate por 0 a 0 na rodada derradeira no estádio da Ressacada deixou o time campineiro na quinta posição com 60 pontos ganhos. Ou seja, dos 24 pontos disputados, ganhou 20.

No ano seguinte, com 30 jogos disputados, a equipe estava na décima colocação com 41 pontos e sete pontos atrás do ultimo classificado, o Coritiba. Caiu de ponta a cabeça na reta final, ganhou apenas seis pontos dos 24 que batalhou e terminou na 11ª posição.

E hoje? Tem 43 pontos, encontra-se na nona posição e está seis pontos atrás do Juventude, o quarto colocado.

Convenhamos:  é uma façanha.  Mesmo com toda bagunça, confusão nos bastidores, troca de treinadores, ausência de esquema tático, saída de jogadores, questões administrativas não resolvidas (leia-se atraso na quitação de uma parte dos direitos de imagem), a Ponte Preta está na sua melhor situação na tabela desde que retornou à segundona.

Ou seja, um tostão de competência, um mínimo de estruturação tática e a Ponte Preta volta na briga. Por que a torcida jogou a toalha? Porque o time não corresponde em campo. Simples. Entretanto, o campeonato espera pacientemente pelo protagonismo da Nega Véia.

Repito o questionamento do início do artigo: o que justifica descartar lutar pelo acesso diante de tal quadro? Nada justifica. Então, mãos a obra.

(Elias Aredes Junior)