Quem realizar um exercício de reflexão mental sobre o baixo rendimento do Guarani contra o Ituano poderá encontrar uma boa parte de suas respostas na atuação do atacante Bruno Sávio. Ele teve um rendimento abaixo dos demais, mas a sua presença no gramado ajuda a destrinchar alguns equívocos adotados por Allan Aal no primeiro jogo.
Técnicos devem colocar a sua personalidade em campo? Evidente. Só que não pode virar os olhos para aquilo que deu certo.
Sob o comando de Felipe Conceição, Bruno Sávio exerceu um papel tático vital. Ora como pivô e em outras com a intenção de atrair o zagueiro adversário, ele abria espaço para arremates de media e longa distância de Lucas Crispim e Murilo Rangel ou em outras para o aparecimento de Junior Todinho. Podia ficar longe de provocar brilho no olho do torcedor mas era peça vital para que outros atuassem em alto nível.
Ao ser colocado no lado esquerdo para fazer dobrada com Bidu, verificou-se um atleta perdido e deslocado. Não utilizava a qualidade, a movimentação para provocar o desconforto no defensor.
Como a imprensa não tem acesso aos treinos, não temos ideia se isso não foi relembrado ao treinador. Ainda há tempo de reflexão.
(Elias Aredes Junior)