Ao contrário de um ex-presidente da República eu não esqueço o que escrevi. E não tenho pudor em afirmar e cravar que a vitória da Ponte Preta sobre o Guarani por 3 a 1 representa um ganho gigantesco para a comissão técnica comandada por Fábio Moreno.
Nunca perca de vista: Moreno é um profissional entregue a própria sorte na Ponte Preta. Após a péssima atuação diante do São Caetano e nas derrotas para Internacional de Limeira, Mirassol e Ituano, o comandante pontepretano foi submetido a uma massacre na opinião pública. Muitos pediram sua cabeça.
Quem saiu em sua defesa? Quem lhe protegeu? Qual dirigente afirmou em alto e bom som que o trabalho estava respaldado?
Eu respondo: ninguém.
Presidente, executivo de futebol, conselho deliberativo, diretoria executiva…todos em absoluto silencio. No máximo, uma nota e uma foto da visita do presidente ao elenco e posterior publicação. De resto, nada.
O trabalho era ruim antes do dérbi? Sim. A equipe tinha fragilidades? Concordo. Mas isso não serve de justificar para fritura lenta e gradual. E um massacre que resvalava na parte pessoal.
Para terminar o enredo, um elenco de pouca qualidade técnica e a necessidade de vencer o rival em sua melhor fase. Pois Fábio Moreno e Sandro Forner acreditaram contra tudo e todos. E venceram.
Pode mudar com nova sequência de vitórias? Claro que sim. Mas o técnico pontepretano comprovou que pode até encontrar-se ferido. Mas não está morto. Que siga o caminho correto. A Macaca precisa de estabilidade.
(Elias Aredes Junior)