Allan Aal e os dilemas, vitórias e fracassos de quem dirige um time do porte do Guarani

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A derrota para a Ponte Preta por 3 a 1 queimou parte do crédito do técnico Allan Aal com a torcida. Não que o sentimento de ressentimento seja merecido. Pelo contrário. Futebol é processo. Nada ocorre do dia para a noite. Não existe invenção ou poção mágica que fabrique times.

Na caminhada para a formatação de uma equipe alguns predicados são exigidos. Treinadores detém uma tonelada de informações e vivências que não temos. Podem e devem utilizar estes subsídios para tomarem suas decisões.

Apesar da vantagem, não podemos renunciar a análise sobre aquilo que está diante de si.

A lesão de Bruno Sávio na coxa direita produziu em Allan Aal uma duvida: bancar o posicionamento que proporciona a aparição de Andrigo na faixa central do gramado e deixar um velocista ou atacante pelo lado esquerdo ou apostar pura e simplesmente naquilo que já foi buscado, ou seja, com Andrigo e Regis no time titular?

Em favor de Allan Aal diga-se que alguns lances na partida demonstraram que poderia encontrar-se com a opinião correta. Na etapa inicial, os dois fizeram um revezamento que esboçou um bom fruto, mas tudo não passou de ilusão. Para completar, Régis deu passe para Davó empatar o jogo. Se o resultado fosse outro, Allan Aal teria como se defender.

O que pega?

Simples: Andrigo passou boa parte do tempo sem inventividade, Régis tirou a intensidade e e velocidade do meio-campo e o torcedor sentiu a falta do dinamismo de Rodrigo Andrade. Tempestade perfeita.

A derrota é doida. Que Allan Aal faça devida reciclagem. E tenha o espirito fortalecido para as criticas. Convenhamos: vários equívocos eram evitáveis. Agora é tarde. O estrago está feito.

(Elias Aredes Junior)