Vejam como o futebol é maluco. Diria imprevisível. Ao lado do rival Daniel Paulista, atualmente no Guarani, Gilson Kleina é um dos únicos treinadores que estão na mesma equipe desde o início da Série B. Os outros são Felipe Surian (Sampaio Correa), Claudinei Oliveira (Avaí), Allan Aal (CRB), Matheus Costa (operário) e Gustavo Morinigo (Coritiba).
Do Alviverde campineiro, a permanência é explicada pela tabela de classificação. Tem o sonho do acesso e em alguns instantes o futebol agrada.
No caso da Ponte Preta tudo é diferente. Equipe limitada, dinheiro curto, confusões políticas e reclamações pelo estilo de trabalho do comandante. Repito a pergunta: o que aconteceu?
Existe mérito da Ponte Preta, do treinador e um empurrão do destino. No caso da Macaca, convenhamos que o time resistiu algumas tentações. Derrotas que abalaram as estruturas do Majestoso. E que em outros tempos seria motivo para a troca. Não aconteceu.
Gilson Kleina pode ser celebrado pela resiliência. Resiste no cargo porque conhece os meandros do clube e porque acredita na sua metodologia de trabalho. E que começa a dar frutos.
E o destino? Bem, esse personagem entra em campo quando você vê que após a saída de Fábio Moreno, sete profissionais foram consultados e ninguém aceitou.
Ou seja, para ser confiável aos olhos do mercado, a saída é formatar um trabalho com começo, meio e fim. Nem que seja apenas para ficar fora da zona de rebaixamento. Pois é. Ás vezes, o que parece pouco é muito diante da conjuntura.
(Elias Aredes Junior)