Acompanho o noticiário sobre a aprovação do terreno pertencente ao Guarani, localizado na Rodovia dos Bandeirantes e que vai abrigar o novo estádio, Centro de Treinamento e Sede Social.
Aprovado pela Assembleia de Sócios. Quando o projeto for formulado, nova consulta será feita. Agora, o que chamou minha atenção é que decisão ficou na mão de 550 sócios. E que infelizmente 220 participaram. Ou seja, 40,4%.
É esse assunto que precisa ser discutido. Nas redes sociais e nas arquibancadas, a torcida do Guarani continua forte, atuante, dinâmica, criativa e sem medo de encarar os desafios.
Mas essa mesma torcida não tem espaço para exercer o seu poder de cidadania. Ou alguém acha que o Guarani se resume a 550 pessoas.
Não, não espere de mim condenação ao torcedor bugrino. Quem deve fazer esforço pela inclusão é a instituição. Abrir espaço de verdade para a venda de títulos patrimoniais. Ter paciência de escutar aqueles que andam pelos quatro cantos do país e que quer o melhor para o clube.
E esse é o ponto ignorado. Não adianta prometer arena moderna, Centro de Treinamento de ponta se o torcedor, a razão de ser qualquer clube está excluido do processo ou tem dificuldade para fazer valer a sua voz.
Que os detentores do poder no Guarani entendam: estádio moderno com arquibancada vazia não é espaço esportivo ou sim simulador de ambiente de cemitério. Clube sem participação da torcida pode ser um modelo de negócio mas está longe de traduzir o verdadeiro espirito do futebol.
(Elias Aredes Junior com imagem de Divulgação)