Ponte Preta e o dérbi 201: ainda é possível conceder um voto de confiança para Camilo?

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Moisés é veloz, decisivo e está com o faro do gol. Justo que se coloque ele como protagonista do dérbi 201.

Natural o esforço feito pelo Departamento Médico pontepretano para que ele jogue e atue em potência máxima. Tudo para evitar um desfalque que teria consequências imprevisiveis.

Não deveria ser assim. Em condições normais, a Ponte Preta não teria o camisa 21 como protagonista e assim aquele que carrega a camisa de número 10. Sim, estou falando de Camilo.

Moisés só preenche um espaço deixado pelo ex-jogador de Chapecoense, Botafogo e Mirassol. Não tem a mesma vitalidade por causa do final de carreira? Nem tanto. Poderia citar jogadores que atuaram em altissimo nivel depois dos 34 ou 35 anos. Por que Camilo deveria ser diferente?

Fato: ele foi contratado para ser a estrela da companhia. Não é. Em condições normais, o foco da discussão seria outro: como a Ponte Preta poderia utilizar as arrancadas pelo meio ou as cobranças de falta de Camilo para chegar a vitória. Ninguém despreza o seu potencial.

Não há como ignorar o seu espirito de luta. Mas ele deve. No fundo, ele sabe disso. Camilo certamente sabe que em temperatura normal tem capacidade de fazer história. Seja contra o Cruzeiro, no dérbi ou no restante da Série B.

Seja de um jeito ou de outro, Camilo ainda tem um fator em seu favor: o futebol é casado com o imponderavel. O desprezado de hoje vira o prioritário de amanhã. Se ele atuar como todo espera pode anotar: Moisés continuará vital. Mas longe de essencial.
(Elias Aredes Junior-com foto de Diego Almeida-Ponte Preta)