Michel Alves e a pergunta que será feita após a 38ª rodada: um acesso será suficiente para aprovar a sua gestão? Ou ele já está reprovado?

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O Guarani disputará os 180 minutos mais importantes da temporada em um espaço de seis dias. Primeiro contra o Goiás, na segunda-feira. Depois o jogo decisivo diante do Botafogo, no domingo. Precisa de seis pontos para carimbar o acesso.

As respostas vão ajudar a responder uma pergunta: o trabalho de Michel Alves será aprovado ou reprovado?

Antes da bola rolar não há duvida: só o acesso salva o dirigente remunerado. Mesmo se o Guarani deixar de conseguir o acesso por muito pouco, será impossível deixar de isentar o ex-goleiro.

O acesso, de certa forma, será um salvo conduto para os erros de gestão.

Sim, é elogiável você brigar pelo acesso com uma folha salarial de R$ 800 mil. Mas é impossível ignorar que o Michel Alves capaz de trazer Andrigo, Régis, Bruno Sávio e Rodrigo Andrade, é o dirigente responsável por trazer Maxwell e dois goleiros – Gabriel Mesquita e Rafael Martins- que foram marcados muito mais pela irregularidade do que pela competência.

Um outro aspecto colaborou e muito para a rejeição da torcida bugrina com seu nome.

Atende por um nome: antipatia.

Uma das definições presentes no dicionário Aurélio é que quem é antipático é desarmônico. Ou seja, tem dificuldade de sintonia com o diferente. E convenhamos: nestes quase dois anos de gestão, Michel Alves pode ser uma pessoa dotada de carisma e simpatia nos corredores do Brinco de Ouro, mas para o público externo, o dirigente jamais externou qualquer sinal ou atitude para ganhar a simpatia e a harmonia com a torcida. Não prego populismo e demagogia e sim capacidade de diálogo.

Michel Alves fez pouquíssimas entrevistas coletivas e nem utilizou o que está na moda, que é a realização de lives costumeiras para conversar e argumentar pelas redes sociais. A rejeição cresceu a tal ponto que talvez para uma parcela da torcida nem o acesso servirá para absolvê-lo.

Não há saída: ou a bola entra e coloca o Guarani na divisão de elite ou Michel Alves terá que se explicar pelos erros de gestão cometidos. Assim é o futebol.

(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)