Algumas imagens tem a função de produzir lembranças. Ou reforçar conceitos e caminhos. Observe por exemplo, a imagem que ilustra esta matéria. É um clique em cima do trabalho feito para reformar os vestiários do estádio Moisés Lucarelli. É um resumo do que é a Ponte Preta, a sua gente, a sua trajetória.
Primeiramente pela presença do escudo do clube na hora de alguém que executa uma tarefa de um típico trabalhador brasileiro. Poderia ser um marceneiro. Ou um pedreiro. Ou um auxiliar de limpeza.
Como dissociar essas pessoas da Ponte Preta. Gente que luta, batalha, que busca um lugar ao sol e que apenas quer ser feliz. Pessoas apaixonadas por um clube e que já foram capazes de se mobilizarem por ônibus, carro, táxi, uber ou uma caminhada a pé. Tudo para ver a querida Macaquinha. Gente que, apesar do Brasil lhe virar as costas, sempre renova sua esperança de um dia melhor.
De construir uma vida digna aos seus filhos e netos. Ou de auxiliar na viabilização de uma sociedade justa. Seja no seu bairro, cidade, estado ou país. Eles não desistem. Renovam a determinação de que os obstáculos serão vencidos.
Querem características mais do que essas para definir a Ponte Preta? Um clube que ano após ano luta contra as agruras dos bastidores e do poderio econômico. Busca um lugar ao sol e a formulação de uma história que faça jus ao heroísmo de cada torcedor.
Torcedor que deseja ser representado no gramado. Não com uma jogada mirabolante, mas com o suor necessário para obtenção da vitória.
A partir do confronto desta noite contra o Palmeiras, os 11 jogadores titulares escolhidos por Gilson Kleina e seus reservas começam a missão que ficará restrita a uma boa participação no Paulistão. É hora de renovar a esperança. Para que o esforço deste trabalhador registrado na foto e de outros pontepretanos tenha um final feliz.
(Elias Aredes Junior-Foto de Diego Almeida-Pontepress)