O torcedor do Guarani não quer saber de desculpas e enrolações. Quer providências práticas. Sair de maneira urgente da lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro. Encontrar quatro times para ficar abaixo do Alviverde na classificação geral. Somar de 45 a 46 pontos e ficar na divisão que poderá proporcionar grandes lucros e dividendos com a criação da Libra, a Liga de Clubes.
Talvez o que mais aflige o torcedor bugrino é a aparente inércia que tomou conta do clube. Veja só: das 10 rodadas disputadas, em apenas três rodadas o Guarani não esteve entre os quatro últimos colocados.
Ao lado de Náutico e Brusque, tem apenas seis gols anotados. Pior do que tais concorrentes, somente Ponte Preta e Chapecoense com cinco gols anotados até o momento. O aproveitamento é de 30% dos pontos disputados. No ano passado, o Londrina foi o primeiro time fora da zona do rebaixamento com 44 pontos e aproveitamento de 38,6%. Ou seja, está longe do minímo ideal.
Se o rendimento continuar neste ritmo, o Guarani terminará a Série B com 34 pontos. Como encontrar algo positivo nestes números?
Dramático é verificar tamanha demonstração de ineficiência e o silêncio imperar. Michel Alves fala? Sim. Mas quase que empurrado pela conjuntura. E o presidente Ricardo Moisés? Não fala nada. Absolutamente nada. O seu silêncio gera apreensão por quem senta na arquibancada.
Deixar de conversar com a torcida bugrina é o mesmo que entregar os pontos. Apenas aguardar os acontecimentos. É preciso mudar o rumo desta história. Urgente. Antes que o pior aconteça. E já está acontecendo.
(Elias Aredes Junior-Com foto de Thomaz Marostegan)