Poucas vezes em sua história, um técnico do Guarani foi cercado de tanto otimismo antes do início da temporada. Não é para menos. Mozart operou um milagre esportivo no Alviverde. Tirou o clube da sina de 23 rodadas na zona do rebaixamento, ficou entre os quatro melhores do returno e na classificação geral ficou à frente da Ponte Preta com 51 pontos contra 49 da eterna rival.
Os números demonstram que a aposta foi certeira. Mozart terminou a temporada com 55% de aproveitamento dos pontos disputados em 23 jogos da Série B com 11 vitórias, 5 empates e 7 derrotas.
Terminou a frente de Daniel Paulista, que em 20 jogos em 2022 teve 6 vitórias, 6 empates e 8 derrotas. Não é pouco.
Se por um lado tais números produzem esperança de outro não concedem garantia nenhuma. Zero. O elenco será outro e os desafios são enormes. Para começar, a missão é somar 12 pontos e escapar de qualquer risco de rebaixamento no Paulistão.
Depois, será preciso montar um time competitivo para a Série B. Tudo isso com orçamento baixo, com jogadores de qualidade técnica mediana e já sabendo que o calendário será apertado.
Ah! E com uma torcida exigente e que não aguenta mais ficar fora da divisão de elite do país. O Guarani sabe que tem em Mozart um belo trunfo para dias melhores. Mas os resultados precisam aparecer. Rapidamente. Caso contrário, quem hoje é Batman vira Coringa no dia seguinte. Esse é o futebol. Apaixonante e injusto.
(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan-Guaranipress)