Proximidade com o dérbi no Brinco de Ouro e o recado da torcida para Brigatti, Pintado e Eberlin: toma que o filho é teu!

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Com razão eu poderia dissertar sobre a exibição aceitável da Ponte Preta no segundo tempo do empate por 1 a 1 com o Ceará. Ou poderia falar sobre a imprudência de colocar Eliel fora de sua posição em boa parte do tempo de jogo.

Só que convenhamos: isso é perfumaria. Das grossas. O presidente Marco Antonio Eberlin pode propagar, o coordenador de Futebol João Brigatti  reforçar os conceitos e o próprio técnico Pintado enfatizar sobre a importância do jogo contra o Londrina.

Que é um confronto direto.

Vencer significaria afundar a equipe paranaense na zona do rebaixamento. Acredito neles. Mas basta dar uma volta na cidade ou nas redes sociais para verificar o óbvio: o torcedor da Ponte Preta toma café, almoça e janta pensando no dérbi do dia 01º de setembro, contra o Guarani, no estádio Brinco de Ouro.

É a chance de salvar a temporada. Já imaginaram? A equipe vence na casa do adversário e termina o ano com acesso na Série A-2 e quatro pontos conquistados contra o rival. Quer desfecho melhor? Pois é.

Essa expectativa, a fissura pelo clássico coloca na berlinda dois personagens: o presidente Marco Antonio Eberlin e o coordenador de futebol João Brigatti.

Dirigentes forjados e criados neste jogo emblemático e misterioso, muitos consideram que a dupla seja talvez a arma mais poderosa para desestabilizar o adversário. Eberlin é o comandante do futebol na vitória por 4 a 2 em 28 de outubro de 2002. Brigatti estava na comissão técnica na vitória por 3 a 2 no dia 05 de maio de 2018 no Brinco de Ouro.

Ambos agora enfrentam um quadro adverso. Não é apenas no gramado. As dificuldades financeiras são imensas, a pontuação é inferior ao rival e por enquanto não há garantia de que a principal estrela, Elvis, poderá desequilibrar. 

Sim, reconheço que sempre existirá os velhos clichês de que sempre o time que chega em situação inferior pode se dar melhor no clássico. Também é verdade que muitas vezes o quadro não se confirma. Basta relembrar no ano passado, em que a Ponte Preta encontrava-se em quadro delicado e perdeu por 3 a 0 em casa.

Agora, aproveitar essa situação frágil e transformar em algo motivador vai uma boa distância.

Pode ser diferente?

Pode.

Mas hoje, a poucos dias do clássico, Eberlin, Brigatti, Pintado e os jogadores terão que não só vencer o Londrina como subverter todos os obstáculos colocados pelos fatos nos últimos tempos. Se não fizer muito com pouco sobrará uma baita dor de cabeça para administrar até o final da temporada. Veremos.

(Elias Aredes Junior-Com foto de Diego Almeida-Pontepress)