Vamos deixar alguns pontos muito claros: este colunista não mudou sua visão de maneira geral a respeito dos dirigentes no futebol de Campinas. Em linhas gerais, eles entregam muito menos do que falam, metem os pés pelas mãos no planejamento do futebol profissional e por vezes são contaminados por uma soberba sem justificativa. E recebe uma bajulação por parte de muitos jornalistas que não tem explicação.
Mas existem fatos que quando protagonizam uma exceção fica dificil apontar. Quero refletir sobre as últimas ações do presidente do Guarani, André Marconatto, e dos outros seis integrantes do Conselho de Administração: Rubens Vicente Junior, Adriano Hintze, Adriano Marconatto, Erik Augusto Franco de Godoy, Gustavo Rosolen e Rômulo Alexsander Moreno Amaro.
Fatos são fatos. Não podemos ignorar que a atual direção disputou dois clássicos com a Ponte Preta e somou quatro pontos. Na visão da torcida bugrina, é um feito que não pode passar batido.
Mais: em duas partidas com boa produção e com respaldo ao técnico de plantão, fosse Bruno Pivetti ou Umberto Louzer. Sim, eu sei que Marconnato não é responsável pela montagem da equipe que está em campo. Mas em relação às missões designadas a ele e aos seis companheiros tudo foi feito de maneira correta. De modo competente. E não podemos esquecer a organização e a reformulação do programa de Sócio Torcedor. A tarefa é sustentar a mobilização e a adesão ao plano para as próximas rodadas.
O clássico no Brinco de Ouro destinou uma experiência satisfatória para quem sentou na arquibancada. O dirigente precisa encarar como um trabalho para ser feito nos mínimos detalhes. A torcida precisa e deve encarar como entretenimento. E assim aconteceu. Ponto para Marconatto e aos integrantes do Conselho de Administração. Somente a eles e ao superintendente administrativo, Marcelo Tasso.
Pode melhorar? Pode e deve. E um caminho para melhorar o trabalho, todo e qualquer jornalista com condução independente pode colaborar. Não com babação de ovo ou com pano a postos para encobrir falhas e erros. Ou querer transformar pequenos acertos em feitos inesquecíveis. Ou ainda se submeter a pressões de torcedores que não desejam viver a realidade e querem apenas somente um mundo cor de rosa e depreciar o trabalho de quem deseja comunicar e refletir de modo honesto.
Sábio foi Santo Agostinho quando disse: “Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem”.
Acertos devem ser apontados de modo pontual e quando são merecidos. Até porque para quem está no poder o que não falta é puxa saco de ocasião. Mas em relação ao trabalho no dérbi 206 André Marconatto merece a deferência positiva assim como o Superintendente Administrativo Marcelo Tasso. Ponto final.
(Elias Aredes Junior-com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)