Análise Ponte Preta: João Brigatti montou uma equipe com começo, meio e fim. Não é pouco!

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O futebol é uma roda gigante. Um dia você está por cima e outros momentos a crise bate à porta. O que importa é o saldo coletado, especialmente quando estamos diante de situações adversas. Pode ser cedo para avançar em tal estágio, mas é inegável apontar que João Brigatti é o protagonista da atual campanha no Campeonato Paulista. Recebeu o respaldo do presidente Marco Antonio Eberlin, é bom que se diga. Mas os jogadores escolhidos, a forma de jogar e de atuar foram construídos diretamente por ele.

Uma maneira que pode não agradar o amante do futebol. Mas é legitimo. Especialmente porque admite as limitações da equipe e de quebra explora o potencial de cada jogador.

No limite.

Existem jogadores de boa estatura? Time com três zagueiros. O armador não tem grande mobilidade? Coloca-se meias mais dinâmicos e velozes. O time será atacado? Escala-se um jogador de desafogo -Iago Dias- e um centroavante de Força -Jeh- para segurar a bola na frente entre os zagueiros. Tudo simples, direto, sem enfeites.

E que já conseguiu uma campanha superior as duas edições anteriores de Série A-1 da Macaca. Em 2021, a Ponte Preta somou 13 pontos na fase inicial e no ano seguinte foi rebaixada com nove pontos. Neste ano tem 16 pontos. E com boas chances de classificação.

Técnicos ganham e perdem jogos. É uma roda viva cruel. No entanto, conhecer a Ponte Preta, os seus meandros, bastidores e caracteristicas têm feito a diferença em favor de João Brigatti.

O incauto poderá dizer: ah, o time será eliminado impiedosamente pelo Palmeiras. A equipe esta atrás em qualidade de Novorizontino e Mirassol. Não importa. O saldo está decretado: a Macaca tem um time com começo, meio e fim. Não é pouco.

(Elias Aredes Junior com foto de Marco Ribolli-Pontepress)