Guarani poderá estrear na Série B com base da segundona estadual. Dá para confiar?

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Após cinco anos o Guarani estreará na Série B diante do Brasil de Pelotas, sexta-feira, às 20h30, no Estádio Brinco de Ouro. Com portões fechados, a equipe alviverde ainda não será aquela projetada na mente do técnico Oswaldo Alvarez e nos sonhos dos torcedores. Por problemas de inscrição e questões burocráticas junto a CBF, a base utilizada na Série A-2 do Paulistão será repetida e com a seguinte formação: Leandro Santos; Lenon, Genilson, Jussani e Gilton; Auremir e Evandro; Bruno Nazário, Fumagalli e Claudinho; Eliandro.

Pelo esboço treinado durante a semana apenas o meia atacante Claudinho deve estrear. Tensão e expectativa e uma pergunta no meio do roteiro: dá para confiar? É possível coletar três pontos? Mire-se na matemática honesta projetada em primeiro instante, que é de somar 46 pontos e fugir de qualquer risco de rebaixamento. É algo colocado na mesa tanto pelo gerente de futebol Nei Pandolfo como pelo treinador bugrino. Os jogos em casa são estratégicos. Não há permissão para vacilos.

Sob a perspectiva bugrina, há motivo para se preocupar. Apesar dos acertos na reta final, a dupla de zaga formada por Genilson e Diego Jussani provocou mais arrepios do que suspiros e nas laterais, apesar do esforço e boa vontade, nem Lennon ou Dênis Neves ou até Gilton inspiram confiança nas arquibancadas.

No meio-campo, o único poder de decisão assegurado é Bruno Nazário. Isto se tiver espaço pelo lado direito para puxar os contra-ataques e receber o auxilio de Eliandro. De Claudinho, espera-se apenas que seja melhor e eficiente do que Uederson, que não deixou saudades. Até por tudo aquilo que aconteceu na parte inicial da temporada, o time colocado em campo por Vadão precisará se desdobrar para ganhar a confiança do torcedor. Lógico, com a aparição dos reforços e suas respectivas escalações, o quadro mudará de figura.

Existe um fato atenuante: o adversário passa por período de transição após um péssimo Campeonato gaúcho. Não deve contar contar com os atletas contratados e busca apenas a permanência. O Alviverde pode aproveitar-se do quadro apesar de seu time aquém do ideal? Sim. Mas uma vitória não pode colocar em segundo plano um conceito primordial: o que serviu na Série A-2 não é automaticamente promovido para a segundona nacional. É outro esporte.

(análise feita por Elias Aredes Junior)