Mesmo com a rotatividade entre os zagueiros, a Ponte Preta voltou a demonstrar deficiência em jogadas pelo alto e foi derrotada pelo Flamengo, por 2 a 0, na última quarta-feira, com dois gols em lances de bola aérea. Dos 33 gols sofridos pela Macaca em 2017, foram 11 neste fundamento, mas a tormenta cresceu no Brasileirão.
Após sete rodadas, foram 11 gols sofridos – 54,5% em jogadas aéreas. O número representa seis gols em cabeceios adversários. A Macaca só não sofreu gols nas vitórias contra Sport e São Paulo. Foram dois gols de bola aérea contra o Flamengo, dois contra a Chape, um diante do Atlético-GO e outro contra o Galo.
A deficiência aérea tem representatividade nas assistências dos gols sofridos também. Foi assim no primeiro jogo da final do Paulistão contra o Corinthians, quando Jô ganhou no alto e deixou Rodriguinho sozinho para fazer o gol. No terceiro gol para o Atlético-GO ou nos gols contra o Galo, as jogadas que terminaram em gols também foram iniciadas por disputadas no alto.
O atacante Lucca desabafou após a derrota para o Flamengo sobre o aspecto da bola aérea. “Não dá para tomar bola aérea de novo. Todo jogo como visitante é tomando gol de bola aérea. A nossa marcação é definida, mas falta agressividade”, disse o jogador ainda na saída dos jogadores na Arena do Urubu.
O técnico Gilson Kleina tentará diminuir o baixo aproveitamento na bola aérea na partida contra o Santos. Se não vencer, a Macaca vai completar exatamente um ano sem vencer na condição de visitante em jogos do Brasileirão. A última vitória longe de Campinas foi no dia 30 de junho de 2016 contra o Santa Cruz por 3 a 0.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)