Jornalistas precisam fazer perguntas incômodas. Fustigar o espirito crítico e tratar de assuntos que muitas vezes o público não quer abordar. Estamos a três dias das eleições na Ponte Preta. MRP e DNA Pontepretano disputam a preferência de 785 eleitores.
Só que um requisito impera: a desinformação.
Por mais que as chapas encham suas páginas nas redes sociais de informações, programas de governos e slogans, algumas perguntas da vida prática não são respondidas.
Indagação primária: de onde virá o dinheiro para o tocar o clube a partir do dia 01º de janeiro?
Se alguém responder de que virá um aporte externo a gestão já começa com pé esquerdo.
Seja de quem for.
É preciso anunciar medidas práticas desde o primeiro minuto para assegurar que a Macaca vai andar com suas próprias pernas. E que as fontes de financiamento sejam claras, transparentes, assim como a forma de pagamento, caso ocorra a necessidade de passar o chapéu.
Agora, a pergunta básica é: qual será o conceito de futebol após a eleição? Teremos um time técnico? Brigador? Defensivo? E o técnico? E o executivo de futebol?
Qual o perfil desejado?
Vai se apostar em profissionais jovens e antenados? Ou a experiência vai dar as caras? Por enquanto, as duas chapas só emitiram conceitos. Direito delas. Mas delinear de modo mais profundo e nomear as pessoas seria o ideal.
O eleitor, seja qual for a sua decisão, não pode colocar o seu voto como se fosse um tiro no escuro. Ele precisa ter todas as informações fornecidas. E quando digo todas, são todas mesmo.
Infelizmente o atual processo eleitoral da Macaca foi marcada pelo ódio, ressentimento, pela quase inexistência de debates e de aprofundamento dos temas.
Que após o dia 20 de novembro, independente do vencedor, que Deus abençoe a Ponte Preta.
Vai precisar.
Muito.
(Elias Aredes Junior com foto de divulgação)