A Ponte Preta estará pronta para o Campeonato Brasileiro?

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durante o jogo entre Corinthians/SP x Ponte Preta/Campinas, realizado esta tarde na Arena Corinthians, jogo de volta, final do Campeonato Paulista 2017. Juiz: Leandro Bizzio Marinho. Sao Paulo/Brasil - 07/05/2017. Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Ultrapassada a disputa do Campeonato Paulista e a conquista do vice-campeonato, a partida de amanhã pela Copa Sul-Americana diante do Gimnasia Y Esgrima não impede a Ponte Preta de encarar uma pergunta inconveniente e necessária: a equipe está pronta para o Campeonato Brasileiro? Tem condições de suportar o assédio ao seus principais jogadores?

Defendi em vários artigos a análise nua e crua sobre determinadas situações porque não há como fugir das dificuldades financeiras da Macaca para encarar os gigantes. Nesta conjuntura de crise econômica e escassez de recursos, o antigo mercado utilizado pela Ponte Preta, de atletas revelados por clubes do interior paulista ou times pequenos espalhados pelo Brasil foi invadido pelos Gigantes, que por sua vez não tem qualquer pudor em ficar de olho nas principais revelações do futebol pontepretano.

O que o técnico Gilson Kleina considerava sua arma principal está seriamente ameaçada, que é o contra-ataque. William Pottker vai atuar pelo Internacional enquanto que Clayson estará na mira do Corinthians. Sobrará Lucca um atleta de boa qualidade técnica, com chute de média e longa distância, mas sem a velocidade e força dos companheiros de profissão. Você poderá alegar que o time tem Emerson Sheik e Renato Cajá para serem acionados a qualquer momento. Verdade. Só que tal trunfo precisa ser visto sob outra ótica de análise, pois são atletas de qualidade, mas sem a velocidade requisitada nos dias de hoje.

Nas laterais, as preocupações não são menores. O bom campeonato de Nino Paraíba lhe trouxe valorização e certamente uma nova conversa deverá ser feita para evitar uma perda inesperada. No lado esquerdo, os dois recém-contratados – Fernandinho e João Lucas- precisam passar pelo batismo de fogo tão requisitado.

Uma equipe pronta também pressupõe um banco de reservas com qualidade. Convenhamos: o atacante Lins, o zagueiro Fábio Ferreira, o volante Fábio Braga (quase esquecido) não são alternativas de arrancar suspiros das arquibancadas. Pelo contrário.

Junte todo esse enredo a urgência de classificação na Sul-Americana e a obrigação de arquitetar um time competitivo para a largada do Brasileirão, que prevê nos cinco primeiros jogos os seguintes oponentes: Sport, Botafogo, Atlético Mineiro, São Paulo e Atlético-GO. Planejamento, competência e erro zero. Sem tais requisitos, o caminho será estreito.

(análise feita por Elias Aredes Junior)