Ao fazer acompanhamento do noticiário frenético sobre as contratações e contato com fontes, um dado precioso: as contratações para a montagem da equipe da Ponte Preta passam pelo crivo e aprovação de Fábio Moreno. Sem exceção.
Não é tão natural como você imagina. Existem executivos e diretores de futebol que contratam e montam seus elencos. A missão treinador é escalar e extrair o potencial máximo, sem interferir nas indicações. Em passado recente, Marco Antonio Eberlin foi o exemplo acabado deste estilo de gestão na Ponte Preta.
Neste Século 21, a história é diferente. Alex Brasil e Fábio Moreno discutem, debatem e vão atrás dos adendos. Espera-se que a dupla tenha a predileção de investir com pensamento na instituição e não em seus desejos individuais.
Podemos enumerar passagens da história pontepretana em que tudo foi feito ao gosto do treinador de ocasião. Na primeira proposta o oscilação no gramado, o referido profissional batia em retirada e os comandantes ficavam com um pepinaço na mão. O substituto escolhido era de um estilo diametralmente aposto a cartilha tática antecessora.
Resultado: fracasso. Relembre 2013, quando Guto Ferreira foi substituído por Paulo Cesar Carpegiani, com ideias mais ofensivas, o que não cabia para aquele momento.
Eduardo Baptista, Marcelo Chamusca, João Brigatti, Jorginho, Marcelo Oliveira…Nomes diferentes com conceitos distantes e que montavam suas equipes com métodos totalmente discrepantes. Como pode dar certo? Não deu.
Qual o modelo ideal? Que a diretoria da Ponte Preta defina um estilo de jogo. Uma maneira de jogar e que o treinador se submeta a aplicar aquela ideia e no máximo dê o seu tempero. E que as contratações sejam fruto do trabalho de observação e estudo da metodologia de trabalho da instituição.
Não basta apenas contratar. E acertar. O que o torcedor pontepretano espera é a definição de uma linha de trabalho. Com começo, meio e fim. Chega de laboratório.
(Elias Aredes Junior- Álvaro Junior-Pontepress)